No comecinho do ano eu comprei o Pixelmator na Mac App Store. O que acontece se um raio feito de pura ira divina fritar meu MacBook e o HDD onde estão meus backups do Time Machine? Primeiro, eu vou ter um treco e ficar catatônico por dias, mas depois, assim que eu conseguir comprar um novo Mac, vai bastar apenas entrar na App Store, digitar minha AppleID e senha e BOOM! Pixelmator de novo no meu Dock. O melhor de tudo é que isso pode ser refeito infinitas vezes — ou pelo menos até minha conta bancária zerar de tanto comprar Macs novos.
Com músicas na iTunes Store a história é completamente diferente: você baixa uma vez e acabou. Levando em conta que a administradora da loja é a mesma, dá pra pensar que essa condição draconiana de uso deva ser uma brilhante condição imposta pelos dinossauros à frente das gravadoras. Isso pode mudar em breve, segundo um rumor publicado pela Bloomberg.
A Apple estaria negociando com gravadoras (Universal Music, Sony Music Entertainment, Warner Music e EMI, mais especificamente) a possibilidade de clientes da iTunes Store poderem baixar infinitas vezes e em vários computadores e gadgets as faixas que já tiverem comprado. Isso não é o mesmo que streaming ou um espaço para backup, mas chega perto e imita o que já é empregado nas lojas de apps da Maçã, tornando a experiência de aquisição de conteúdo bem mais consistente.
Tal novidade, segundo as fontes do rumor, pode ser anunciada já na metade do ano (pense “WWDC”), mas acredito que, mesmo se o acordo for firmado antes de junho, talvez a Apple prefira deixar para implementar a mudança apenas em setembro, o que daria tempo de sobra para encher o data center da Carolina do Norte com canções.
Só é uma pena que ainda não possamos desfrutar nem mesmo do básico da iTunes Music Store, aqui no Brasil — eu certamente não me queixaria de poder comprar faixas a R$2 e álbuns (ou até iTunes LP!) a R$20. A maioria dos artistas que eu admiro não está nem nas lojas de CDs daqui… :-/
[via AppleInsider]