Já sabemos como acabou o leilão pelo portfólio de 6.000 patentes da Nortel. Já sabemos até que o Google deu uma trollada básica em alguns lances. O que não sabíamos ainda e o TechCrunch trouxe à tona, é como exatamente se desenrolou a batalha de nervos entre as gigantes de tecnologia interessadas nestas patentes.
Duas informações se destacam em meio a minúcias do processo. Uma é que a Apple não fazia parte do consórcio “Rockstar” desde o início: na quinta rodada de lances, o grupo decidiu sair, mas a Maçã pediu permissão para associar-se e seguiu com ele. Outra informação relevante é que a Microsoft fazia parte desse grupo — e, diga-se de passagem, tem um imenso interesse em não permitir que o Google se arme com patentes.
É aí onde entra uma coisa que o Electronista comentou ontem: diante das implicações que esse leilão pode ter, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Federal Trade Commission (FTC) foram provocados a investigar se essa vitória de Apple, Microsoft & Cia. poderia resultar em algum efeito deletério para a concorrência no setor de telefonia móvel.
Não é mais segredo nenhum que a Microsoft lucra mais com a venda de Androids do que com o Windows Phone 7 — quase todas as fabricantes de smartphones com o sistema operacional do Google têm que pagar licenças por conta de patentes da gigante de Redmond, e esse custo é maior do que se elas licenciassem o Windows Phone 7. Fica no ar a questão se o portfólio da Nortel vai servir como instrumento de defesa ou de ataque, e se o uso dele poderá resultar no fim do robozinho verde.