A pesquisa Consumo de Mídias Digitais no Brasil, realizada pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e pela AtlasIntel, revelou uma série de preferências e padrões de uso de mídias digitais e consumo de informações na internet no Brasil. O levantamento foi realizado por meio de uma enquete com 1.722 pessoas de 16 anos ou mais, em agosto de 2023.
Quanto ao acesso às mídias digitais, o WhatsApp liderou a lista, com uma incrível proporção de 98% dos pesquisados usando o mensageiro; entre esses, 80,1% acessam o aplicativo diariamente. Em segundo lugar ficou o Google, com 97% das pessoas utilizando-o com alguma frequência, sendo 70,04% diariamente.
O TikTok apareceu apenas em quinto lugar, com cerca de 48% das pessoas respondendo que o utilizam, sendo 20,17% diariamente; apenas 20% dos pesquisados afirmaram usar a rede social todos os dias. O Instagram é usado por pouco mais de 74% dos brasileiros, enquanto o X (ex-Twitter), por cerca de 32%, e o Telegram, por aproximadamente 33%.
Ao analisar os dados por idade, a utilização diária TikTok sobe para 54% por pessoas com idades entre 16 e 24 anos. Já nos grupos de pesquisados com idades entre 25 e 34 anos, o YouTube e o Instagram apresentaram uso diário, com mais de 50% de pessoas utilizando-os todos os dias. Entre pessoas com 35-44 e 45-59 anos, o YouTube destacou-se mais (51%) do que as redes sociais da Meta (35% para o Instagram e 34% para o Facebook).
Em matéria de gênero, a pesquisa mostrou que homens acessam diariamente mais o YouTube (52%) e o Facebook (39%) do que as mulheres, com percentuais de 39% e 26%, respectivamente. O Instagram, por sua vez, é mais acessado todos os dias por mulheres (49%) do que por homens (22%).
No TikTok, os temas mais acessados são jogos (73,4%), moda e beleza (65,4%), e arte e cultura (56%), sendo música (61,5%) o tema cujos conteúdos são mais compartilhados. Já no Instagram, moda e beleza lidera com 94,1%, seguido por arte e cultura (87,1%) e trabalho e carreira (86,4%), com o tema mais compartilhado sendo produto cultural (88,2%).
A pesquisa também se debruçou sobre questões relativas à percepção sobre a nocividade da desinformação. Enquanto apenas 17% da pessoas que usam diariamente o TikTok entendem o problema como muito grave, o número é de 40,9% entre os usuários mais assíduos do Instagram. Entre os usuários que mais acessam o WhatsApp, 85,7% caracterizam o problema como muito grave.
No caso da rede social chinesa, ironicamente, é entre os que nunca a utilizam que a proporção de pessoas que consideram o grau da nocividade da desinformação como muito grave é mais alta (59%). A percepção sobre o tema entre os que usam diariamente também é expressiva no caso do Facebook e do YouTube.
Os dados do levantamento incluem ainda mais informações sobre o perfil de uso dos brasileiros nas mídias sociais e veículos de imprensa, incluindo influenciadores digitais, checagem de informações, tendência por opinião política e por acesso a temas como economia, política e educação. Você pode conferir o relatório completo nessa página.
