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Mac Society: “O que falta no iPhone?”

Holograma no iPad à la Star Wars

Me lembro como se fosse ontem da primeira vez que abri a bela caixinha preta do meu primeiro produto Apple, um iPhone de 8GB, único na ocasião, apenas 50 dias após sua chegada ao mercado norte-americano.

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Tive aquela sensação que muitos de vocês devem ter sentido ao tirá-lo da caixa, conferir seu tamanho e ligá-lo pela primeira vez. Era ver para crer e, mesmo assim, não acreditar que algo tão minúsculo pudesse ter a capacidade de processamento de um computador inteiro. Quem abre seu primeiro iPhone ou seu primeiro iPad sabe que o encanto não para aí: são telas com lindas imagens, todos os recursos ao alcance dos dedos, mais sensores do que você se lembraria de primeira, uns que a gente tem até que pensar pra imaginar utilidade. Acelerômetro?

Quatro anos depois, esse pequeno notável imprime sua evolução, ano após ano, melhorando sua performance, e, mais impressionantemente, adicionando ainda mais recursos saídos do trabalho árduo de milhares de fãs de Star Trek e Star Wars que trabalham em Cupertino. Digo isso pois só quem cresceu vendo ficção científica pôde arrumar uma maneira de enfiar tanta coisa em 8mm de vidro e metal.

Há alguns anos se diria que 8mm seriam a espessura mínima para tanto vidro quanto metal serem minimamente resistentes ao que esses dispositivos foram projetados para aguentar. Quanto mais recheá-los de múltiplos processadores, circuitos e sensores que, não fosse a Apple, seriam produzidos gerações no futuro, o que tem rendido ao mercado a dura lição de aprender o significado da palavra monopsônio que, alías, deixou de ser considerado um paradoxo digno de viagem no tempo graças à Apple. Definição de tela comparável à de uma fotografia impressa, duas câmeras e um giroscópio em algo que pesa 137g? Sim, e são coisas praticamente banais. Dá até pra achar graça de alguém que ainda se impressione com isso.

Holograma no iPhone à la Star Wars

Estando prestes a testemunhar o nascimento da próxima geração do nosso querido iPhone, poucos ainda se atrevem a chamá-lo de telefone — o que, é claro, era o propósito primordial do bichinho. Não posso negar que tenho pensado bastante no que mais dá pra espremer ali dentro.

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Algumas inovações são dadas como certas e serão de enorme utilidade, se não neste ano, nos próximos, que incluem recarga sem fio (eletro-indução), NFC (ou BLE), dentre outras “pequenas novidades”. Será que, ao abrir a caixa das próximas gerações, seremos surpreendidos com um holograma de Steve Jobs dizendo “Welcome, [seu nome]!”? Será que colocarão um sensor antigravitacional de Unobtanium que não deixe o gadget chegar ao chão? Ainda são absurdos, claro, mas basta assistir novamente à keynote de apresentação do iPhone original, em 2007, para ver que o que tratamos como banal hoje era absolutamente revolucionário há apenas quatro anos.

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Tenho como exemplo o MacBook Air: realmente não vejo como pode existir um computador portátil que, fechado, tem apenas 3mm de espessura no ponto mais fino! Não consigo tratar isso como algo banal, sempre me pasmo: ele existe e já é considerado comum!

Estamos nos acostumando a tratar avanços sensacionais como se fossem banais, normais, simplórios. Estamos perdendo o romantismo e o fascínio de admirar as vitórias da tecnologia, a genialidade do design, a arte de transformar algo fantástico em um produto cotidiano, que hoje faz parte do nosso maravilhoso mundo novo. Aconteça o que acontecer, não gostaria de perder o encanto de me admirar com essas maravilhas.

Será que estamos ficando velhos?

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