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Analistas: aquisição da Motorola Mobility pelo Google não deverá afetar tanto a Apple

Logo da Googorola

Qual foi minha surpresa ao acordar ontem e ver se espalhando pelos intertubos a notícia de que o Google comprou a Motorola Mobility. Logo pensei “OMG! O que isso pode significar para meu DUMBMOTO?!” Bem, ele vai continuar “dumb”. Mas e para a Apple, o que essa aquisição pode representar? Os sempre competentes profissionais de Wall Street logo trataram de apresentar suas opiniões.

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Gene Munster, da Piper Jaffray, acredita que a Maçã não tem o que temer: tanto o iOS quanto o Android estão destinados ao sucesso no mercado móvel — ao contrário dos PCs, há espaço para mais de um campeão, nesta guerra. Quem precisa se preocupar são as concorrentes Nokia, Research In Motion e HP. Contudo, a pressão do Google poderá fazer com que a Apple lentamente baixe o preço do iPhone para obter mais sucesso em mercados emergentes, como a Índia, a América Latina (ó, nóis aí!) e a Ásia.

Katy Huberty, por sua vez, encara a aquisição como um evento neutro para a Apple. “Por um lado, a aquisição destaca a força competitiva dos produtos verticalmente integrados da Apple e o risco que o seu portfólio de propriedade intelectual representa para o ecossistema do Android. Por outro, as 17.000 patentes da Motorola Mobility e os US$27 bilhões do Google após o acordo podem significar riscos legais para a Apple”, disse a analista da Morgan Stanley. A curto prazo, o caos interno entre os parceiros do Google deverá acabar sendo bastante positivo para o iPhone.

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Chris Whitmore, do Deutsche Bank, encara o preço que o Google pagou como um sinal de medo, além de destacar a confusão que isso pode gerar entre desenvolvedores e fabricantes de smartphones como a Samsung e a HTC. Whitmore também reforça que o Google parece estar interessado em imitar o estilo da Apple: “Apesar de esta aquisição ter sido feita sob a guisa de aprimoramento de propriedade intelectual, a raiz dela pode estar na variante e inconsistente experiência de uso do Android, além de sua fraca tração entre tablets.”

Mike Abramsky, da RBC Capital, também não encara a aquisição como relevante para as disputas que estão em andamento na justiça, pois as patentes da Motorola seriam restritas a elementos fundamentais da telefonia celular (estando, pois, já devidamente licenciadas), enquanto as da Apple é que se focam em multi-touch e outras implementações modernas. No tocante a hardware, contudo, deveremos ver um “Nexus com esteroides” chegando em breve e o fim da interface customizada Motoblur — a qual, diga-se, já vai tarde. A curto prazo, a Apple poderá ganhar indiretamente; a curto-prazo, porém, o Android poderá se tornar muito menos fragmentado.

Por fim, Peter Misek, da Jefferies & Co., aposta que a Maçã poderá ficar mais disposta a comprar patentes alheias para se proteger contra possíveis novas investidas da Googorola. Os portfólios da Nokia, da RIM e da InterDigital podem ter se tornado investimentos atraentes, agora que cerca de 500 patentes essenciais para redes de telefonia 3G e 4G estão nas mãos do criador do Android.

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Toda essa conversa só me faz pensar numa coisa: como as patentes estimulam a queima de bilhões de dólares em processos que apenas retardam a inovação! E, vendo que os analistas apostam que a Apple vai ficar ok, melhor começar a preparação para alguma bomba.

Sim, pois se um analista de Wall Street disser “Agache!” quando estiver tratando da Maçã, a melhor coisa a fazer é pular. E alto. 😛

[via AppleInsider, Barrons.com]

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Post Ant.

Executivos da China Unicom teriam feito visita à Apple — e não foi pra comprar canecas na lojinha de lembranças

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