Um texto publicado hoje pela Bloomberg Businessweek traz um bocado de curiosidades sobre o que rola por trás das cortinas quando o assunto são as operações da Apple: como ela consegue garantir o fornecimento de componentes e ferramentas exclusivos a preços tão atraentes? Hoarding, palavra que significa “acumulação”, ao pé da letra, mas que hoje é usada para se referir ao comportamento de alguns indivíduos que juntam tralhas compulsivamente.
Quando Jony Ive encasquetou com a ideia de fazer o indicador de atividade da iSight (hoje FaceTime Camera) brilhar através do alumínio do MacBook Air, danem-se o mundo, a Física e o fato de metais não permitirem a passagem de luz: ele foi atrás de uma forma de fazer isso e não apenas descobriu, como também garantiu logo a compra de centenas de lasers capazes de resolver esse problema.
Clique para ver a luz!
Isso acaba fazendo com que a Apple crie um monopsônio atrás do outro, o que incomoda algumas empresas: certas fornecedoras de componentes recusam ofertas da Maçã, por acharem que isso geraria dependência demais e poderia puxar os preços para baixo. Isso sem falar que a exigência e o sigilo são tremendos — a Apple chegou a usar caixas de tomate para enviar lotes de produtos secretos. Hmmm… por que não de maçã?
De lasers a memórias, passando por LCDs e frete aéreo, tudo o que a Apple compra, ela compra em quantidades absurdamente grandes, de forma a garantir tudo do bom e do melhor, mas a um preço competitivo. Esse foi o segredo por trás do iPhone, do iPad, do MacBook Air e de futuros produtos que ainda estão por vir — Gene Munster aposta, é claro, numa iTV, a grande paixão da vida dele. 😛
[via MacStories]