Não é novidade para ninguém que a iTunes Store opera próxima do ponto de equilíbrio (break-even), ou seja, não dá prejuízo, mas também não gera muito lucro. Apesar disto, ela é uma peça importante do grandioso ecossistema da Apple, que engloba não só músicas mas filmes, séries de TV, livros, audiobooks, podcasts, apps, entre outras coisas. A mais nova peça do “mundinho” da Maçã é o iTunes Match, que leva sua biblioteca musical para a nuvem pelo preço de US$25 ao ano.
Para Gene Munster, da Piper Jaffray, a fórmula aqui se repete: o iTunes Match não vai gerar lucros para a gigante de Cupertino, mas fidelizará ainda mais os usuários ao serviços (consequentemente, ao ecossistema) da empresa. O analista resolveu fazer uma conta rápida: estimando que a iTunes Music Store norte-americana tenha 135 milhões de usuários e que 1% deles usam o iTunes Match, US$33,8 milhões entram para os cofres da Apple — se o número de usuários for de 5%, o valor já sobre para US$169 milhões. Grande parte deste montante vai para as gravadoras, e o pouco que sobra deve ser reinvestido na estrutura necessária para manter o serviço de pé.
Contudo, Munster levantou uma questão interessante: será que produtos como o iTunes Match desencorajam a compra de gadgets com mais armazenamento? Um pesquisa realizada com early-adopters revelou que 19% dos compradores do iPhone 4S escolheram a versão de 64GB, enquanto 32% optaram pelo modelo de 32GB. Somados, temos mais da metade dos compradores (desta pesquisa, é bom frisar) preferindo versões com maiores capacidades de armazenamento. O analista concluiu, então, que os serviços de nuvem, por enquanto, não prejudicam as vendas desses aparelhos — que contam com melhores margens de lucro.
Munster acha, ainda, que a falta de sincronização de vídeos e a impossibilidade de refazer downloads de filmes comprados na iTunes Store são graves omissões do iCloud, mas que isso provavelmente será resolvido com a chegada da televisão da Maçã.
[via AppleInsider]
