Desde que lançou a sua Iniciativa sobre Equidade e Justiça Racial, comprometendo-se a investir US$100 milhões em ações práticas contra o racismo e a favor das comunidades negras e sub-representadas dos Estados Unidos e ao redor do mundo, a Apple tem feito anúncios recorrentes sobre o tema — entre eles, as doações a faculdades afro-americanas, o Entrepeneur Camp para desenvolvedores negros e a construção de novos centros de desenvolvimento.
Hoje, mais algumas iniciativas foram anunciadas. Em uma nova rodada de investimentos, a Apple colocará US$30 milhões extras no apoio a instituições de ensino focadas em estudantes negros e hispânicos, além de suporte financeiro a grupos de ativistas focados em temas como reforma da justiça criminal e justiça ambiental.
Uma das novidades é uma parceria com a Universidade do Estado da Califórnia (CSU) para lançar a Global HSI Equity Innovation Hub, uma iniciativa que tem como objetivo prestar suporte a estudantes sub-representados (incluindo hispânicos/latinos, negros e asiáticos) com recursos para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
A Apple oferecerá a parte tecnológica e de mentoria para ajudar na capacitação dos alunos, inicialmente no campus da universidade em Northridge (perto de Los Angeles) e, posteriormente, em outras localidades (e outras instituições) ao redor do país. A capacitação será interdisciplinar, com foco nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Outro anúncio feito hoje é a expansão da iniciativa HBCU C2, em parceria com a Universidade do Estado do Tennessee. Com a expansão, o programa chegará a 11 novas escolas universidades, incluindo a Universidade de Atlanta (Clark Atlanta University), a Florida A&M University e a Universidade do Sul do Texas. O programa tem como objetivo levar o ensino de linguagens de programação a comunidades sub-representadas, com o uso de produtos da Apple e dos currículos do Todos Podem Programar e do Todos Podem Criar.
Não para por aí: no ano que vem, a Apple fará seu primeiro Entrepeneur Camp dedicado exclusivamente a desenvolvedores hispânicos e latinos. A iniciativa, como já sabemos, coloca os jovens criadores numa espécie de imersão no mundo da Apple, com atividades e palestras com executivos, engenheiros e outros profissionais da Apple, e estabelece uma rede global de jovens desenvolvedores de vários contextos e histórias.
Por fim, a Maçã se comprometeu a investir em uma série de instituições sociais focadas na justiça racial, como a Anti-Recidivism Coalition, o Council on Criminal Justice, o Innocence Project, a The Last Mile e o Vera Institute of Justice. A empresa também fará parcerias com escolas técnicas ao redor dos EUA para fornecer capacitação a jovens presos ou em liberdade condicional.
A ideia é trilhar o caminho para que os jovens tenham um futuro mais sustentável, distante de grupos criminosos e com um sistema judicial que não pese nas sentenças por conta da cor da pele ou do contexto social de cada um.
Fica a torcida, portanto, para que as iniciativas deem certo. Todo avanço para pessoas que precisam, afinal, é digno de aplauso.