A Apple divulgou em 2017, em seu relatório de responsabilidade ambiental, planos de para utilizar o seu data center na Dinamarca para aquecer lares nas proximidades. Assim, os moradores locais poderiam economizar energia — e o impacto ambiental seria grande.
Quase seis anos depois, os planos ainda não foram concretizados. Entretanto, agora parece ter surgido grande interesse acerca dessa ideia, principalmente pelo crescimento no preço da energia causado por sanções à Rússia.
Conforme noticiou o Wall Street Journal, os data centers consomem bastante energia e, por conta da crise energética, as autoridades europeias estão sendo pressionadas a canalizar esse excesso de calor gerado.
Como o data center de Viborg, na Dinamarca, utiliza refrigeração de ar, a tecnologia consistiria em usar o ar quente que é liberado para aquecer a água — em vez de apenas liberá-lo no ar. A água aquecida alimentaria a estação de energia local.
Basicamente, a Apple está sendo pressionada para conectar sua instalação à rede de aquecimento local; depois de tantos anos, o projeto está começando a se tornar realidade.
Este ano, a empresa disse que faria isso como parte de uma expansão. A Apple diz que está trabalhando com autoridades locais sobre como usar o calor da usina, que é alimentada por projetos de energia renovável.
Niels Fuglsang, um dinamarquês do Parlamento Europeu que lidera as negociações sobre a legislação de eficiência energética, afirmou que “a pressão está crescendo” e que esperam contar com o calor dos data centers para “economizar em nossas contas de energia e fazer algo de bom para o ambiente”.
Vamos ver se, em 2023, finalmente os planos serão concretizados…