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Pesquisa indica que preços de aplicativos móveis poderão subir no futuro, acompanhando sua sofisticação

Quando se trata de propor preços para aplicativos e jogos em smartphones e tablets, talvez quase todos os desenvolvedores que trabalharam com as lojas mantidas por empresas como Apple e Google adotem a filosofia “cobre agressivamente e aposte no volume”, que determina o sucesso de um produto em função de seu baixo preço, porém alta popularidade. Tal filosofia deu certo para muita gente — talvez jogos como Angry Birds e Cut the Rope sejam os exemplos mais recentes disso —, mas até quando será que essa tática vai funcionar?

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Para os pesquisadores da Appcelerator e da IDC, a tendência é que o smartphone/tablet ideal (ou seja, o que você preferir) se tornará cada vez mais complexo e, por mais que haja esforços para facilitar o trabalho de desenvolvedores, como a criação de SDKs mais eficientes, a carga de trabalho necessária para a construção de produtos cada vez melhores também será bem maior. Como consequência, acredita-se que a complexidade trazida por novas edições de aplicativos em hardwares com tecnologias mais avançadas pesará um pouco mais no bolso dos clientes, a exemplo do que ocorre no desenvolvimento de sistemas para o setor corporativo.

Um estudo feito com uma amostra considerável de desenvolvedores apontou que quase 60% deles adotam a cobrança direta por um app como principal fonte de renda, além de tirar proveito de recursos como publicidade, conteúdos adicionais vendidos separadamente, assinaturas e outros modelos de negócio similares. Dada a possibilidade de suas condições de trabalho ficarem mais complexas e considerando o seu comprometimento em criatividade e qualidade, é possível que este número caia significativamente, ou que a grande massa de desenvolvedores cobre mais por novas versões de aplicativos para smartphones e tablets.

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No caso da Apple especificamente, o cenário traçado pela IDC virou realidade com o lançamento do iPad — a versão, “HD”, “XL” ou “PQP” de um programa custa mais que o seu equivalente para um iPhone ou iPod touch, mas geralmente é possível constatar esforços de software houses para fazer o preço corresponder ao valor agregado à vida dos usuários. Se eles decidem pagar ou não, porém, é uma história à parte — a pirataria está aí para mostrar o quanto desenvolvedores saem prejudicados por pessoas que não conseguem compreender que dá trabalho produzir algo realmente impressionante.

Outro ponto importante constatado pela Appcelerator é o aumento da maturidade de desenvolvedores dentro do escopo atual das App Stores. No ano passado, a maior parte dos entrevistados pela empresa afirmou estar experimentando as possibilidades dela para distribuição de softwares em smartphones e tablets, mas em 2011 mais da metade (55%) busca acelerar seu crescimento com estratégias de desenvolvimento.

Appcelerator — Maturidade de Desenvolvedores

Talvez a melhor forma de alcançar mais usuários seja adotando múltiplas plataformas móveis e, por isso, não é apenas o iOS que está fazendo sucesso, mas também o Android, mesmo para tablets. Falando nelas, o entusiasmo pela chegada do iPad 2 já é evidente e motiva desenvolvedores a escolher os itens de hardware que farão a diferença nos seus projetos para o futuro.

Appcelerator — Funções esperadas no próximo iPad

Existem ainda muitos profissionais entusiasmados com a possibilidade de contar com um canal de distribuição desses no Mac OS X, agora que a Apple abriu uma App Store para seus computadores. De 1.585 entrevistados pela Appcelerator, quase 40% estão muito interessados em deixar de lado a exclusividade para plataformas móveis e escrever programas para Mac.

Appcelerator — Expectativa por Mac App Store

Outras informações sobre o mercado móvel podem ser encontradas no último relatório completo da Appcelerator e da IDC sobre o mercado móvel, disponível aqui [PDF, 4,7MB]

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