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Apple recusa-se a vender livro que contém links para a Amazon.com, na iBookstore

Seth Godin

Que a Apple é uma empresa controladora, fechada, secretora… [coloque qualquer outro adjetivo adicional que você desejar aqui] todos nós sabemos. Agora, mais um episódio apareceu para colocar ainda mais lenha na fogueira.

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Seth Godin

Seth Godin, autor do livro “Stop Stealing Dreams”, disse que a Apple rejeitou seu manifesto pois ele contém links bibliográficos para a Amazon.com. Pronto, caímos novamente na velha discussão do excesso de controle. Será que a Apple pode retirar a Evi da App Store só porque ela oferece o mesmo serviço da Siri?

Falando especificamente no caso de Godin, a iBookstore é uma das três maiores lojas online de livros existentes, ao lado da própria Amazon e da Barnes & Noble. O que todas elas têm em comum, além de vender livros? Todas comercializam um produto (tablet) no qual o conteúdo da loja é consumido. E, uma vez que esse cenário está construído, a empresa tem um poder enorme nas mãos, poder este que nenhuma outra loja física jamais teve.

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Independentemente do que motiva o banimento (crenças — a Apple, por exemplo, não permite pornografia na App Store —, cultura empresarial, concorrência, gosto pessoal, implicância, etc.), ele pode abrir um precedente para uma espécie de ditadura online. Se não me engano, Google e Facebook andaram fazendo o mesmo, quando um não permitia o compartilhamento de links da outra plataforma.

No caso de Godin, tudo é facilmente contornável — já que ele mesmo disse que usuários podem entrar no site do livro através do iGadget, escolher o formato ePub e ler o conteúdo tranquilamente. Mas e se outro autor não tiver a mesma desenvoltura/conhecimento de Godin? Ele simplesmente “perde” o enorme público da iBookstore por ter meia dúzia de links que levam o usuário para uma outra loja?

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[via paidContent.org]

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