Eike Batista já tinha falado a respeito de uma fábrica da Foxconn em Minas Gerais; agora, não só o jornal Estado de Minas [1, 2], mas também Lauro Jardim apontam a cidade de Funilândia como a escolhida pelos asiáticos da maior montadora de eletrônicos do mundo.
Executivos da Foxconn teriam sobrevoado e passeado bastante pelas diversas fazendas e terrenos da região, que teria as grandes áreas livres destinadas à construção de um novo complexo tecnológico para a fabricação de telas. A cidade, que fica a cerca de 90 quilômetros de Belo Horizonte, tem pouco mais de 3.800 habitantes, e sua economia é baseada principalmente na pecuária.
De acordo com o prefeito da cidade, Leonardo Azeredo, hoje ela não suportaria um empreendimento desses, já que vários investimentos em estrutura seriam demandados. Apesar de ficar a apenas 47 quilômetros do aeroporto de Confins, a rodovia não é das melhores (muito pelo contrário). Também faltam investimentos em telefonia, já que somente uma operadora explora o setor na cidade. A rede bancária também é fraca, com uma única agência do Bradesco e um posto do Banco do Brasil. A rede hoteleira também é praticamente inexistente em Funilândia, que conta com uma pousada e um pequeno hotel, assim como apenas um único posto de combustível — a cidade não tem, por exemplo, nem mesmo um hospital.
Até que o governo ou a Foxconn se pronunciem, tudo não passa de rumor/especulação, mas o que chama atenção é o “despreparo” da cidade, que não bate com os requisitos anteriormente mencionados — a não ser que o governo esteja usando essa carta na manga (fábrica da Foxconn) para levar também melhorias a cidades não tão desenvolvidas. Só espero, realmente, que isso não seja “desculpa” para vermos mais desvios e roubalheiras dos nossos queridos governantes.
[dica do Alexander Reis]