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Algumas lojas estão desabilitando pagamentos via NFC para bloquear o Apple Pay

Apple Pay

O Apple Pay chegou. E chegou incomodando.

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Apple Pay

O sistema de pagamento móvel da Apple começou a funcionar nos Estados Unidos no dia 20/10 e, tirando um probleminha ou outro (intrínseco a qualquer lançamento de um serviço desse porte), tudo está funcionando muito bem. Para falar a verdade, o Apple Pay funciona tão bem que os comerciantes/lojistas não precisam nem mesmo ser parceiros da Maçã para receber pagamentos por ele — basta ter uma máquina para pagamentos compatível com NFC. Prova disso é que tudo já está funcionando até mesmo aqui no Brasil (para quem tem um cartão de crédito emitido por um banco parceiro da Apple nos EUA).

O problema é que a Apple incomoda.

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Conforme Tim Cook disse na apresentação do serviço, o Apple Pay foi totalmente desenhado em torno da experiência do usuário. De acordo com a empresa, nenhuma informação sobre o cliente, compra ou valor da transação é coletada/repassada para o lojista ou para a Apple. Ou seja, ótimo para usuários, mas “ruim” para os comerciantes que querem cada vez mais saber tudo sobre as pessoas que fazem compras em seus estabelecimentos.

Por conta disso, algumas empresas como Walmart, Kmart, 7-Eleven, Best Buy, Rite Aid e CVS, que até o dia 20 trabalhavam numa boa com pagamentos via NFC, estão desativando essa opção em suas lojas. O motivo? Bloquear pagamentos através do serviço Apple Pay.

Apesar de essas empresas não serem parceiras da Apple (não suportarem oficialmente pagamentos via Apple Pay), tudo já funcionava perfeitamente. Clientes entravam nessas lojas e, sem dificuldade, pagavam suas contas com o serviço da Maçã. Só que essas companhias criaram um consórcio (o Merchant Customer Exchange, ou MCX) e estão desenvolvendo uma solução de pagamento móvel que é completamente diferente do Apple Pay.

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O CurrentC (nome do serviço de pagamento móvel em desenvolvimento) tem como objetivo dar mais controle sobre pagamentos para essas empresas, além de coletar informações de consumidores. Na teoria, ele funciona assim: você baixa um aplicativo que “acelera o processo de pagamento de clientes através da aplicação de ofertas de qualificação e cupons, recompensas comerciais, programas de fidelidade e contas de membros participantes, oferecendo opções de pagamento através da conta bancária selecionada do consumidor”. Um código QR gera o token de pagamento no smartphone que verifica a presença e a identidade do cliente. Depois disso, o processo de transação entre o comerciante e o banco é iniciado. O telefone então se conecta à nuvem para solicitar a autorização e envia a aprovação para o comerciante.

Como deu para perceber, não existe cartão de crédito nessa transação. A ideia, aqui, é justamente utilizar a conta do usuário para o débito do valor ou aqueles cartões pré-pagos atrelados à loja (à la cartões-presente da iTunes/App/iBooks Store) — se livrando das taxas administrativas cobradas por bancos. Além disso, tudo é feito por código QR (nada de NFC, que oferece um Secure Element onde ficam armazenadas as informações mais sensíveis do usuário). Para completar, é preciso ter uma conexão com a internet para que a autorização seja feita.

Já deu para perceber, né? Essas empresas querem substituir algo altamente simples e seguro como o Apple Pay (e consequentemente qualquer outro serviço de pagamento que utilize NFC, como o Google Wallet) por um sistema “complexo” e que abre a possibilidade de repasse de informações pessoais aos comerciantes.

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Felizmente isso está gerando uma repercussão negativa bem grande. Vamos torcer para que essas empresas voltem atrás, reativem a possibilidade de pagamentos via NFC e, quem sabe, desistam de uma vez por todas dessa ideia de CurrentC que mais complica do que descomplica — afinal, você terá que destravar o iPhone, abrir o app, escanear um código QR e esperar que a autorização seja feita, enquanto que com o Apple Pay você só tira o aparelho do bolso, encosta o dedo no Touch ID e… pronto.

[via Daring Fireball]

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