O melhor pedaço da Maçã.

Especialista questiona construção da fazenda solar da Apple

Data center da Apple em Maiden, na Carolina do Norte

Como sabemos, a Apple já começou as obras de sua fazenda solar em frente ao seu data center em Maiden, Carolina do Norte. A ideia de abastecer suas instalações com energia verde é bacana, certo? Hum, talvez. Pelo menos na opinião de James Hamilton, especialista em data centers que já trabalhou para a Microsoft e atualmente é “o cara” na Amazon.

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Que fique bem claro: Hamilton é fã de energia solar, mas, neste momento, os prós e os contras têm que ser muito bem analisados. Ele explica: embora a Apple não divulgue a informação de consumo de seu data center, Hamilton fez alguns cálculos levando em consideração o seu tamanho (46.000m²) e chegou ao número matador de 78MW. Ele também fez algumas contas para a produção de energia da futura fazenda solar da Maçã, de 20 megawatt — levando em consideração a elevação do terreno, tempo (se a fazenda estiver em um local que chove muito, não gera tanta energia), entre outras coisas —, e chegou ao número de 3,2MW. Ou seja, o projeto da Maçã abasteceria apenas uma fração da energia requerida pelo data center.

Data center da Apple em Maiden, na Carolina do Norte

Hamilton continua com as contas e conclui que, para alimentar todo o data center, a Apple precisaria construir uma fazenda solar de 488 megawatt, ocupando um espaço de quase 17 milhões de metros quadrados(!) — comparativamente, o Maracanã (futuro palco da final da Copa do Mundo de 2014), tem cerca de 145 mil metros quadrados. Se já não é legal “limpar” um terreno de 400.000m² (atual tamanho da fazenda solar), imagine um de 17.000.000m²!

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Por essas e outras, Hamilton acredita que existem outras boas maneiras de reduzir o impacto ambiental em data centers, como o aumento da eficiência na distribuição de energia, refrigeração, armazenamento, rede e servidores. O problema é que isso não chama tanta atenção.

Em uma nota relacionada, Hamilton disse que a fazenda solar do Facebook, em Oregon, serve apenas para “acender as luzes das instalações”, contribuindo com apenas 0,05% da energia utilizada no data center — apesar disso, ele é hoje um dos mais amigáveis ao meio ambiente.

[via Wired.com]

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