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Europa quer a volta de smartphones com baterias removíveis

Poravute Siriphiroon / Shutterstock.com
Bateria de iPhone

Já faz algum tempo que a União Europeia tem estado na dianteira do movimento de direito ao reparo (right to repair), que advoga por produtos mais fáceis de serem consertados — por assistências não autorizadas ou mesmo pelos próprios usuários — para aumentar a durabilidade deles e reduzir o consumo, a poluição e as emissões de gases tóxicos.

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Pois recentemente o bloco econômico resolveu concentrar suas atenções em um dos aspectos mais complexos da vida útil de qualquer aparelho eletrônico: a bateria.

Mais precisamente, o Parlamento Europeu aprovou um relatório, elaborado pela Comissão Europeia em 2020, que traz uma série de orientações e regulamentações sobre o uso de baterias em dispositivos eletrônicos — tudo com o intuito de facilitar a troca das células de energia dos aparelhos e, com isso, estender a vida útil dos produtos.

O relatório trata de todos os pontos do ciclo de vida de uma bateria, como produção, distribuição, embalagem, rotulação, descarte e reciclagem. Para os consumidores, entretanto, um ponto específico pode fazer toda a diferença: a diretriz que orienta o uso de baterias mais facilmente substituíveis em smartphones, tablets e outros tipos de aparelhos eletrônicos.

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O documento não chega a detalhar tecnicamente quais seriam as (possíveis) regras acerca das baterias “substituíveis”, mas já nesta fase inicial critica a tendência das baterias coladas em aparelhos móveis — no caso da Apple, por exemplo, a substituição dos componentes em iPhones, iPads, MacBooks e Apple Watches é um processo complexo que só pode ser feito por assistências autorizadas (a preços nada amigáveis) — caso contrário, você pode perder a garantia do produto.

Uma coisa já é certa: caso seja transformado em lei sem alterações, o relatório banirá a venda de produtos com baterias integradas (isto é, que inutilizam o aparelho na tentativa de troca) na União Europeia. Além disso, as fabricantes de eletrônicos de consumo — como a Apple — e de meios de transporte leves precisarão disponibilizar baterias novas para seus produtos por no mínimo dez anos após o lançamento de um determinado modelo.

De qualquer forma, quaisquer expectativas nesse sentido não são de curto prazo. A próxima etapa do processo verá o Parlamento negociar com o Conselho Europeu — e o Conselho, como notou o site do movimento de direito ao reparo, tem demonstrado posições não muito enérgicas acerca do tema, com propostas bem mais brandas. Caso as conversas avancem, entretanto, as novas regulamentações poderão ser adotadas ainda este ano — e aí será apenas uma questão de tempo até que virem leis nos países da União Europeia.

via GizChina

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