Até agora, tudo o que se sabe ou se fala sobre a “iTV” é mera especulação. Apesar de alguns “vazamentos” e até supostos comentários de Steve Jobs repassados pelo autor de sua biografia, Walter Isaacson, o fato é que oficialmente a Apple não anunciou/confirmou nada sobre o produto e, se for o caso, ele poderá mesmo nunca ver a luz do dia.
Enquanto isso, os debates — muitos, interessantíssimos — continuam, afinal, é senso comum que a Apple só mergulhará nesse segmento se tiver algo de realmente novo/diferente para trazer para consumidores.
James McQuivey, analista da Forrester Research, deu ontem o seu pitaco: ele acredita que a televisão da Maçã será uma “não-TV”, uma espécie de “iHub”:
Uma tela de 32″ com toque, gestos, voz e controle via iPad que pode ser pendurada na parede onde quer sua sua família se reúna para planejar, conversar ou comer — em mais e mais residências americanas, esse lugar é a sala de jantar ou cozinha. Estimulando desenvolvedores a criar apps que sirvam como uma central da vida familiar — incluindo calendários compartilhados, visualizadores de fotos e vídeos, e bate-papo via FaceTime com a vovó —, essa TV não-TV poderá decolar, acabando por colocar a Apple como substituta do seu televisor de 60″, quando ele estiver pronto para ser aposentado.
A aposta é ousada e diferenciada, mas é difícil afirmar se é esse o caminho que a Apple está preparando. De fato, já é algo bem diferente de simplesmente colocar no mercado uma nova tela bonitinha com resolução bacana — porque isso seria mais do mesmo.
Olhando para o produto como colocado por McQuivey, ainda não consigo ver o “estalo” que faria a Apple realmente se aventurar nisso. No final das contas, ele é apenas um analista e, se a ideia fosse realmente fantástica/revolucionária, ela não seria colocada assim, num simples blog, aos quatro ventos. Reinventar esse mercado não é nada simples.