No início de abril, comentando o resultado de uma pesquisa sobre o mercado de telefonia celular divulgada pela comScore, o repórter Henry Blodget, do Business Insider, afirmou que o Android estava “destruindo todo mundo” e usou a seguinte expressão inglesa para caracterizar o iPhone: “dead in water”, dando a entender que a Apple teria se estagnado com seu smartphone.
Ontem, o analista Horace Dediu, do asymco, publicou um gráfico que fala por si só:
Sinceramente, as duas linhas deixam bem claro, para mim, que o market share do iPhone não parou de crescer — e está mais acelerado até entre telefones celulares em geral, que aos poucos estão sendo substituídos por smartphones. Fazer essa distinção ainda é válida nos dias de hoje, mas daqui a alguns anos todos serão “telefones inteligentes”.
Dediu explica que Blodget simplesmente analisou os números das bases instaladas de plataformas móveis (descartando outros gadgets com iOS senão o iPhone) nos Estados Unidos, algo bastante limitado. Sendo assim, de fato, o iPhone não está abocanhando muita fatia de mercado.
Só no último trimestre as vendas do iPhone cresceram 113%(!) ano a ano, o que já levou a Apple à quarta colocação entre as maiores fabricantes de telefones celulares do mundo — à frente de Research In Motion (RIM), HTC, Motorola, Sony Ericsson e ZTE —, com um market share global de 5% (sem falar no lucro, é claro). Esses números não me parecem de um produto “estagnado”.