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Microsoft continua chamando tablets de PCs, sem ver o iPad conquistar espaço

Market share de plataformas - asymco

A reação da Microsoft ao iPhone foi, basicamente, cobrir os ouvidos com as mãos e berrar “LÁ-LÁ-LÁ-LÁ!”, esperando que ele fosse embora. Deu no que deu, e só agora, alguns anos depois, o Windows Phone 7 pode ser considerado um concorrente de respeito. Era de se esperar que o pessoal de Redmond tivesse aprendido alguma coisa com isso, mas a reação ao iPad está sendo, essencialmente, a mesma, ou até pior, se levarmos em conta certas particularidades.

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Historicamente, a Microsoft se orgulha muito de ter quase um monopólio sobre o mercado de computadores tradicionais, e firmas de pesquisa reforçam esse domínio ao chamar o iPad de “tablet de mídia”, como se ele fosse um produto essencialmente inferior a netbooks e não merecesse um lugar entre computadores “de verdade”. Como resultado, os números indicam que o monopólio do Windows continua firme e forte, inabalável.

Contudo, a postura da Microsoft em relação a tablets é de que elas são, sim, PCs — tanto que as chances de o Windows Phone 7 chegar a uma é zero; para tablets, ou é Windows 7/8, ou nada. Pois bem, se tablets são apenas mais um tipo de computador pessoal, seria justo colocar os números do iPad e das tablets com Android na divisão de market share, não?

Market share de plataformas - asymco

Horace Dediu, do asymco, fez justamente isso e obteve o gráfico acima. Sem contar com o iPad, a Apple é a 6ª (quase 5ª) maior fabricante de computadores do mundo. Contando com o iPad, ela é a 2ª maior. O Windows, como plataforma, cresceu 1,3% em um ano. O OS X cresceu 26% e o iOS, 170%. Sem contar tablets, a Apple foi responsável por quase metade do crescimento do mercado global de PCs no segundo trimestre; com o iPad, por cerca de 70%.

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Se tablets são PCs, então pode ser hora de a Microsoft tirar a cabeça do buraco onde ela a enfiou desde 2007 e se tocar de que não, as pessoas não querem o Windows com uma tela sensível ao toque: elas querem algo que FUNCIONE. Não algo que faça tudo de um jeito “mais ou menos” (como abrir o Excel com uma interface completamente inadequada para touchscreens ou rodar Flash “maleporcamente”), mas algo que faça bem o que se propõe a fazer.

A verdade é que a única coisa que ainda segura o Windows é o preço do hardware no qual ele é vendido. Tirando isso, só sobram as desculpas esfarrapadas do Steve Ballmer para explicar por que a Microsoft levou uma surra em smartphones e está levando outra surra em tablets.

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