As Apple Retail Stores estão em voga. Tema de uma extensa reportagem do NYTimes.com, as lojas da Maçã foram mais uma vez analisadas por Horace Dediu, do asymco — *o cara* dos gráficos.
Como podemos ver, desde 2007 (ano de lançamento do iPhone), a Apple criou mais de 35 mil empregos. Neste período, o total de lojas passou de 172 para 361, contudo, o número de trabalhadores mais que quintuplicou (cerca de 6.400 para 42.200) — a média por loja aumentou de 37 (Q1 2007) para 117 empregados (Q1 2012).
A pergunta que Dediu fez foi: por que a Apple triplicou o número de empregados por loja? Apesar de algumas estarem aumentando de tamanho, conforme estamos noticiando aqui no site, e de outras funcionarem por longos períodos, a grande maioria continua sendo lojas de shopping, com tamanhos e horários limitados. Porém, o analista acha que a configuração do espaço físico das lojas é milimetricamente pensado — não existem caixas registradoras, material de merchandising, apenas mesas e produtos em cima delas. O foco são as pessoas: se elas não estiverem lá, a loja é um grande espaço vazio.
Aí, a conta é simples: quanto mais visitantes, mais empregados são necessários. Levando em conta que o número de visitantes por loja passou de 125.000 (Q1 2007) para 235.500 (Q1 2012), percebemos que o número é razoavelmente alinhado com o aumento de empregados.
Como a taxa de crescimento de empregados está maior que a de visitantes, ao dividir o número de clientes pelo número de trabalhadores, chegamos à conclusão de que, hoje, um empregado tem mais tempo para atender um pessoa — se considerarmos as horas de trabalho, a média de um atendimento é de 14 minutos, enquanto antes (2007) era de 9 minutos. Resumindo: mesmo com todo o crescimento da empresa, a Maçã não está deixando a peteca cair quando o assunto é atenção ao cliente.