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Review: jogo oficial de The Walking Dead no desktop e também no iOS

A franquia The Walking Dead, que começou nos quadrinhos e ganhou popularidade com a série de TV, deu início a esta sequência de games com proposta de jogabilidade um tanto diferente. Dividido em episódios, a ideia é que o jogador participe da história por meio de ações “point and click”, explorando os cenários, escolhendo opções de diálogo e ação, e outras pequenas interações.

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Quando ouvimos falar em jogos de zumbis, queremos sair batendo e esperar uma boa dose de violência e ação, e o fato de TWD ter tomado um rumo diferente deixou muita gente insatisfeita.

No primeiro episódio, você conhece o personagem Lee em meio aos recém-chegados mortos-vivos, como já é de se esperar. A proposta é misturar a história com a interação do “aponte e clique” e a promessa de que o rumo das coisas vai mudando de acordo com as decisões tomadas pelo jogador. Boa!

O problema é que as opções são bem limitadas, deixando certas escolhas importantes fora do controle do jogador e batendo de frente com o monstro da expectativa criado lá no início. Aquela coisa do “como você reagiria numa situação dessas?” perde muito do apelo inicial quando o player fica limitado a apenas uma ação ou prefere responder “nenhuma das alterativas anteriores” pra não ver o personagem agir de forma totalmente oposta ao que você vem enfatizando nas suas decisões.

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Ainda assim, o jogo — que começa morno e clichê — tem bons momentos no decorrer deste primeiro episódio.

Jogando no OS X

A boa notícia é que TWD não requer um Mac tão potente. Pra ter uma ideia, instalei no meu belo Airzinho e rodou tranquilamente, já que os gráficos deixam muito a desejar. A intenção é ter esse estilo diferente mesmo, mas ainda assim poderia ficar bem mais caprichado considerando que os fãs estão acostumados com a excelente qualidade de traço dos quadrinhos e da direção da série de TV.

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The Walking Dead está à venda no Steam por US$25, incluindo os cinco episódios (dos quais apenas os dois primeiros estão disponíveis até o momento). Na descrição do próprio Steam você pode pegar mais detalhes de configuração mínima e recomendada para rodar em Macs e PCs.

Jogando no iOS

O curioso é que muitos pontos que me incomodaram jogando no Mac foram resolvidos na interface touchscreen do iOS. Controlar o personagem, tocar nos pontos com interação e escolher os diálogos/ações ficam bem mais confortáveis e intuitivos que os controles estranhos do desktop.

Walking Dead: The Game é um app universal para iPads e iPhones/iPods touch, custando US$5 na App Store gringa [329MB; requer o iOS 4.2 ou superior]. O jogo *não* está disponível na loja brasileira, mas esta não é uma exclusividade do iOS, já que eu até desisti de esperar a liberação dele na Xbox LIVE brasileira. 🙁

Lembrando que o valor acima é somente para o primeiro episódio do game, e o pacote completo dos cinco capítulos custa US$15 a mais, via In-App Purchase com 25% de desconto em relação às compras individuais. No fim das contas, acaba saindo num preço menor que o pacote do Steam.

Conclusão

Confesso que o game me irritou em alguns momentos, principalmente quando a interação era limitada demais ou quando aparecem defeitos grotescos nos gráficos que poderiam ser contornados de outra forma. Entretanto, depois de terminar o primeiro episódio, acabei avaliando como uma boa experiência dessa jogabilidade diferente que ele propõe.

Nota: é bom que seu inglês esteja em dia, pois o jogo não tem opção de outros idiomas e boa parte das decisões são baseadas na leitura.

Se você optar pela compra, minha recomendação fica pra jogar o bichinho no iOS. Por aqui, se eu tivesse lido um review de comparação de ambos (mobile e desktop) antes de jogar, teria poupado US$25 da compra no Steam, hehe! 😉

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