Ao que tudo indica, a Apple aumentou significativamente a quantidade de dados que armazena nos serviços de nuvem do Google, apontando que sua demanda por armazenamento cresceu mais rápido do que a capacidade que seus próprios servidores podiam suportar.
No mês passado, a Apple estava prestes a fechar um negócio de US$300 milhões (~R$1,48 bilhão) em serviços de armazenamento na nuvem do Google para este ano, um aumento de cerca de 50% quando comparado ao ano passado, disse uma fonte ao The Information.
Para ter uma noção do aumento da demanda, apenas em novembro de 2020, a Maçã aumentou a quantidade de dados que armazenava nos serviços da concorrente em cerca de 470 petabytes (PB), totalizando mais de 8 exabytes (EB) de armazenados na nuvem do Google — 1EB é o bastante para gravar uma chamada de vídeo por mais de 237 mil anos.
Ainda assim, a empresa está conseguindo uma baita “pechincha”, digamos. Segundo as calculadoras de custo no site do Google, armazenar 8EB de dados custa aproximadamente US$218 milhões (~R$1,08 bilhão) por mês. A Apple, como já dissemos, paga cerca de US$300 milhões por ano armazenando a mesma quantia.
Não se sabe ao certo o porquê de o armazenamento na nuvem do Google ter aumentado tanto. Mas, haja vista o preço que a Apple paga, dá para perceber que “alugá-lo” sai mais em conta do que construir mais capacidades — ou, quem sabe, a Maçã tenha crescido tão rapidamente que não foi capaz de suprir a demanda em tempo hábil para armazenar os dados.
A notícia chega algumas semanas após o anúncio do iCloud+, uma reformulação dos seus serviços que permitirá aos usuários ocupar mais armazenamento em nuvem — incluindo o suporte integrado ao HomeKit Secure Video. Como a Apple permite que usuários de iPhone, iPad e Mac enviem cada vez mais dados para a nuvem, faz sentido que ela precise de mais armazenamento.