O Electronista divulgou hoje uma notícia nada boa para o mercado editorial, que esperava ser salvo pelo iPad: segundo dados coletados pelo Audit Bureau of Circulations, as vendas de revistas na tablet da Apple estão em queda livre — o que não é grande coisa, pois elas nem chegaram a ficar muito altas.
A Wired, por exemplo, conseguiu 100 mil downloads em junho, mas entre julho e setembro caiu para 31 mil e, a partir daí, caiu mais ainda 22 mil vendas em outubro e 23 mil em novembro. Nesse mesmo mês, a GQ foi baixada 11 mil vezes. A Vanity Fair, por sua vez, caiu de uma média de 10.500 entre agosto e outubro para 8.700 no mês passado. Mas nada se comparar ao desempenho da Men’s Health, que caiu de 2.800 para cerca de 2.000 downloads mensais entre o primeiro semestre e setembro/outubro.
Culpa da Apple, que controla demais a App Store e não permite a venda de assinaturas a coleta direta de dados dos assinantes das revistas? Nem tanto. Frederico Viticci, do MacStories, acredita que o problema não está na App Store ou no iPad, mas nas revistas em si — e eu acho que essa opinião dele é bem acertada. Não me espanta nadinha as poucas pessoas que compraram essas bombas na estreia as terem abandonado, daí os números minguantes que o Audit Bureau of Circulations coletou. Já é um milagre grande o suficiente não ter havido quedas maiores ainda!
Como a maioria dos utilitários que convertem revistas para o iPad coloca os interesses das editoras em primeiríssimo lugar, não é nenhuma surpresa que os leitores acabem procurando alternativas que tenham sido concebidas pensando neles.