Enquanto a atenção dos americanos (e não só deles) está voltada para a eleição presidencial dos Estados Unidos, a polêmica envolvendo o banimento dos apps chineses TikTok e WeChat da terra do tio Sam, imposta pelo atual presidente Donald Trump, segue seu curso na justiça.
Em setembro passado, a juíza Laurel Beeler havia bloqueado a ordem executiva de Trump acerca da remoção do WeChat das lojas de apps (App Store e Google Play) no país, fazendo com que o caso voltasse ao tribunal.
Mais recentemente, Beeler disse que não removerá o bloqueio já que o governo não apresentou evidências que a convençam de que o app chinês “representa um risco de segurança nacional”.
O registro [do governo dos EUA] não apoia a conclusão de que o governo “estreitamente adaptou” as transações proibidas [do WeChat] para proteger seus interesses de segurança nacional. [A evidência] apoia a conclusão de que as restrições sobrecarregam substancialmente mais o discurso do que é necessário para promover os interesses legítimos do governo.
Mais uma vez, a juíza se atém às alegações de liberdade de expressão incitadas por milhares de usuários do WeChat — os quais afirmam não existir um outro app que disponibilize todos os recursos presentes nele. Nesse sentido, o app é a principal forma pela qual chineses residentes nos EUA participam da vida social, efetuam pagamentos e se comunicam com seus familiares e amigos na China.
Apesar da nova recusa de Beeler, o Departamento de Justiça dos EUA levou o imbróglio ao Tribunal de Apelações do país, na tentativa de reverter a decisão da juíza.
via Reuters