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Os desafios de um aplicativo global

Bandeiras de vários países

por Alex Barbirato, criador e desenvolvedor do winaminute

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O desenvolvimento de um aplicativo que atenda a usuários em todo o mundo não é uma tarefa simples. Criar e desenvolver uma plataforma que converse com brasileiros, americanos, chineses e indianos, ao mesmo tempo, e fazer com que eles interajam, também não é fácil. Hoje em dia, já são raros os aplicativos desenvolvidos em todo o mundo que pensam no usuário de uma forma global. Concebidos e produzidos por brasileiros, então, mais difícil ainda.

A primeira grande barreira é a língua. Quando desenvolvemos um app com o intuito que ele seja global, não podemos criá-lo apenas em uma única língua. Isso porque, para que ele ganhe escala, é importante que o usuário ache sua navegação fácil e, na maioria das vezes, ele acaba preferindo utilizar a sua língua-mãe. Em função disso, é importante disponibilizar versões em mais de um idioma, de preferência, nos mais falados mundialmente, ou falados em países que você preferencialmente quer atacar.

Bandeiras de vários países

O mercado latino-americano, por exemplo, é duas vezes maior que o brasileiro e o custo de instalação (CPI) em campanhas mobile, menor que um terço do nacional. Faz todo o sentido ter uma versão do app em espanhol para esse mercado culturalmente tão próximo ao nosso. As múltiplas línguas, por outro lado, tornam o versionamento do software complicado, os testes exponencialmente mais complexos e o controle de mensagens de erro, um pesadelo.

A segunda barreira é a infraestrutura. Mesmo com a possibilidade de utilização de serviços na nuvem, a arquitetura necessária para atingir-se uma boa performance de Bali à Patagônia (sim, temos usuários nesses locais e em 140 países) não é trivial. Para isso, utilizamos vários data centers nos Estados Unidos, no Brasil, na Ásia e na Europa, geo load balancing, filas, cache para diminuir a latência, servidores de banco da dados relacionais/não-relacionais e muito mais. Não pense que é possível atender igualmente bem a todos apenas com aquela instância micro rodando Linux com MySQL na Virgínia.

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Outro recurso importante é poder direcionar parte do conteúdo do aplicativo para uma região ou país. Isso porque, apesar de o mundo estar cada vez mais globalizado, as pessoas são diferentes e com anseios distintos. Sabe-se, por exemplo, que o brasileiro é um povo que gosta da interação por redes sociais, que gosta dessa exposição. Já outros povos não têm essa característica e não prezam tanto por ferramentas de compartilhamento em redes sociais. Essa diferenciação de conteúdo é importante para fazer com que o usuário realmente “se entregue” ao aplicativo de modo a comprar a ideia e indicá-lo para amigos e parentes e, dessa forma, que o app tenha um crescimento exponencial.

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No caso do winaminute [destacado aqui no MacMagazine em novembro do ano passado e hoje com mais de 350 mil downloads em todo o mundo], uma saída bacana encontrada para promover a interação entre os diferentes usuários foi incentivar as pessoas a votarem umas nas fotos das outras para conquistarem íons, a moeda virtual do aplicativo. Com íons, elas participam dos concursos fotográficos, que podem ser regionalizados, com patrocinadores e temas locais, atendendo às características peculiares de países e até de cidades.

Um aplicativo voltado para o mercado global deve ser bem planejado do ponto de vista de arquitetura, conteúdo e usabilidade. Ele deve transcender às particularidades de cada cultura e fornecer uma experiência única e apaixonante para todos os usuários. Temos muita coisa em comum: somos humanos, habitamos o mesmo planeta e adoramos apps!

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