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Review: iPad Air

iPad Air - by MacMagazine

“Poderosamente leve” — é assim que a Apple está promovendo o iPad Air, que veio para suceder a sua linha de tablets antes conhecida simplesmente como “iPad”. Tivemos o modelo de primeira geração, o iPad 2, o iPad de terceira geração (o primeiro com tela Retina), o iPad de quarta geração e agora ganhamos uma nova nomenclatura.

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iPad Air - by MacMagazine

O nome tem tudo a ver com a segunda parte do slogan: o termo “Air” foi usado pela Apple primeiro com o MacBook Air, o qual chegou para revolucionar os laptops com um design superfino e leve. Considerando esses aspectos, o iPad Air traz um avanço incrível em relação ao modelo que sucedeu. Mas a primeira parte do slogan também é muito importante, pois a Apple não quis comprometer as capacidades do seu tablet, nem o avanço tecnológico anual esperado, ao torná-lo mais portátil.

Ao contrário do que aconteceu quando escrevi o meu review do iPhone 5s, não venho aqui fazer uma análise comparando o iPad Air com a sua geração imediatamente anterior. Isso porque, até algumas semanas atrás, o meu iPad era um de terceira geração. Desta forma, quem sabe minha análise se torne ainda mais interessante, visto que o salto na experiência para mim foi um pouco maior desta vez.

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Vamos lá? 😉

Design

De uma geração pra outra, o iPad se tornou 28% mais leve e 20% mais fino. Ele pesa agora menos de 0,5kg e tem apenas 7,5mm de espessura, com um volume geral 24% menor.

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Mas vale lembrar que não estamos falando aqui do mais portátil dos iPads. O iPad Air continua com sua tela de 9,7 polegadas (inalterada desde a terceira geração, tanto em especificações técnicas quanto em resolução), portanto é maior e (agora somente um pouco) mais pesado que o iPad mini, com sua tela de 7,9 polegadas.

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O bacana é que, mesmo com uma tela grande, o iPad Air se tornou agora um dispositivo realmente confortável de ser usar na cama, no sofá ou em qualquer outro lugar onde você tenha que ficar segurando ele por bastante tempo — mesmo com apenas uma mão. Fiz questão de pegar o meu iPad de terceira geração nas mãos alguns dias depois de ter iniciado meus testes com o iPad Air e a sensação da mudança de peso foi ainda maior do que logo quando o novo chegou e segurei os dois lado a lado.

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Em termos de espessura, nem há muito o que dizer. Creio que todos os iGadgets já chegaram a um formato tal que uma diminuição ainda maior na espessura comece até mesmo a prejudicar o seu uso — acreditem, já vi gente reclamando disso quando o primeiro iPad mini foi lançado.

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Visualmente, o iPad Air seguiu exatamente o que apontavam os rumores: basicamente pegou o design do iPad mini e o adaptou para a tela maior. Agora temos uma moldura mais fina, porém sem prejuízo absolutamente nenhum no uso diário — não só pelo fato de ele estar mais fino e mais leve, mas também porque a Apple aprimorou bastante o sistema de detecção de toques indesejados do iOS. Isso realmente não será problema para ninguém.

iPad Air - by MacMagazine

Meu iPad de terceira geração era preto, então resolvi variar e peguei um iPad Air branco/prata. Talvez, se a Apple já tivesse incluído também uma versão dourada, eu teria optado por ele para colocar do lado do meu iPhone 5s gold. 😉

Chip A7

Como foi lançado bem próximo do iPhone 5s, desta vez o iPad obteve exatamente o mesmo chip que a Apple colocou no seu smartphone: o A7 (não veio nenhum “A7X”, como alguns especulavam). E as vantagens são as mesmas: até duas vezes mais desempenho da CPU, até duas vezes mais desempenho gráfico e o primeiro processador mobile com arquitetura de 64 bits.

Desde que a Apple lançou o iOS 7, tenho reclamado um pouco do estado do sistema em iPads. Felizmente a coisa melhorou bastante até a última versão disponível, a 7.0.4, e posso dizer que no meu iPad Air ele está realmente bem bacana agora.

Para mim, a experiência de usar o iPad Air é totalmente equiparável à de usar o iPhone 5s. Tudo flui muito bem, apps abrem rapidamente, a alternação entre aplicativos é suave… Se muito, eu diria que a Apple poderia ter sido um pouco mais generosa em RAM, pois os seus 1GB não dão conta, por exemplo, de manter muitas abas abertas simultaneamente no Safari.

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Assim como nos iPhones 5s, o chip A7 do iPad Air é acompanhado do coprocessador M7, o qual coleta constantemente dados do acelerômetro, do giroscópio e da bússola do aparelho sem impactar a bateria.

Conectividade

Ainda não foi desta vez que o iPad ganhou um chip Wi-Fi IEEE 802.11ac, mas a Apple não deixou de melhorar um pouco a capacidade wireless dele. O iPad Air agora suporta a tecnologia MIMO, prometendo velocidades até duas vezes mais rápidas com o uso de duas antenas.

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No uso diário eu senti uma melhora de performance, sim, mas nada tão significativo assim. Essa melhora pode ter inclusive muito mais a ver com o próprio A7 do que com essa pequena mudança no chip Wi-Fi. O chip Bluetooth também continua como o de antes, versão 4.0.

Assim como todos os meus iPads anteriores, optei por uma versão Wi-Fi para o iPad Air. Isso porque meu plano de dados 3G do iPhone é bem razoável e, com ele, posso usar o Acesso Pessoal para compartilhar a internet com o iPad via Wi-Fi, a qualquer momento. Nunca senti necessidade de o meu próprio iPad poder acessar redes de telefonia celular.

Ainda assim, vale notar que os novos iPads com Wi-Fi + Cellular são agora globais e suportam inclusive a banda 7 (2.600MHz) das redes 4G brasileiras.

Bateria

Desde o iPad de primeira geração, lançado em 2010, a Apple mantém uma constante em seus tablets: uma bateria com promessa de durar 10 horas de uso contínuo.

Mesmo com todas as variações de modelos, tamanhos e gerações, a Apple tem conseguido cumprir essa promessa com êxito em todos os iPads e, com o iPad Air, não é diferente. Para falar a verdade, muitos testes indicam que a promessa dela é até conservadora, com alguns atingindo 12-13 horas de uso.

Torço para que chegue o dia em que as baterias de todos os Macs e iPhones proporcionem uma autonomia tão boa quanto. Este é, sem dúvida nenhuma, um quesito sobre o qual ninguém tem a se queixar nos iPads — e a concorrência no geral sempre come poeira.

Câmeras

Quando penso em iPhones, sempre achei a câmera iSight (traseira) mais importante que a FaceTime (frontal), pois é por ela que tiramos fotos e gravamos vídeos. A do iPhone 5s, conforme destaquei no meu review, está excelente.

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As câmeras de iPads normalmente são um pouco inferiores às de iPhones, mas ao menos pra mim a FaceTime acaba sendo mais importante que a iSight. É bacana ter a possibilidade de fotografar/filmar com o iPad, mas é algo que eu me vi fazendo raríssimas vezes.

iPad Air - by MacMagazine

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Fazer chamadas via FaceTime com ele, por outro lado, é muito bacana. E o iPad Air agora tem dois microfones, um na parte superior e um na traseira. Assim, a Apple garante uma melhor qualidade de áudio, visto que um é dedicado para a redução de ruídos ambientes. Por falar em áudio, também achei o alto-falante do iPad Air ligeiramente melhorado — tanto em qualidade quanto em potência.

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Do iPad de quarta geração para o iPad Air, a Apple praticamente não mexeu nas câmeras. A iSight continua com 5 megapixels (suficiente para filmar vídeos em Full HD 1080p), enquanto a FaceTime tem 1,2 megapixel (com resolução HD).

Capacidade

Confesso que, depois de a Apple ter introduzido tardiamente a versão 128GB na linha de iPads de quarta geração, achava que quando este novo iPad chegasse ela abandonaria uma das quatro versões da linha. Mas não foi o que aconteceu.

Tanto o iPad Air quanto o iPad mini com tela Retina estão sendo vendidos com versões de 16GB, 32GB, 64GB e 128GB. Curiosamente, o iPad de quarta geração com 128GB não veio para o Brasil e tudo indica que os novos também não virão.

Como o meu iPad Air veio dos Estados Unidos, tive a opção de pegar um de 128GB, mas pus os US$100 a mais na balança e optei pelo de 64GB mesmo. É claro que espaço nunca é demais, porém no meu uso normal do iPad, mesmo com muitos aplicativos instalados, os 64GB atendem muito bem. Talvez até 32GB fossem suficientes para mim — considerando, como disse acima, que não uso ele muito para tirar fotos e fazer vídeos.

Smart Cover

Não foi só o design do iPad Air em si que seguiu a linha do mini; suas Smart Covers também.

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As famosas capas da Apple vêm agora com cores um pouco mais vivas e os ímãs laterais ficam escondidos dentro do próprio material de poliuretano, evitando desgastes e/ou manchas de que alguns usuários se queixavam anteriormente.

Como as dimensões do iPad Air mudaram em relação aos iPads de terceira e quarta gerações, evidentemente as cases antigas não são mais compatíveis com ele.

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Antes que perguntem, acho as Smart Cases bacanas mas pessoalmente não curto a ideia de “embrulhar” o iPad todo dentro de uma capa. No meu review do iPhone 5s até citei que não uso case nenhuma com ele; no caso do iPad acho bacana pois a Smart Cover também serve de stand e, como ela só fica presa pelos ímãs na lateral, não me dá a sensação de estar escondendo todo o belo design do produto.

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Com o iPad de terceira geração, eu usava uma Smart Cover (PRODUCT)RED, na cor vermelha. Por muito pouco não repeti a dose, mas preferi variar também e optei pela azulzinha.

Conclusão

Não sei listar exatamente os motivos, mas recentemente eu estava usando muito, muito pouco o meu iPad antigo. Pode ser coisa de “brinquedo novo”, mas nas últimas semanas tenho feito um uso bem mais constante do meu iPad Air — embora eu acredite que seja, sim, a combinação de todas as melhorias que ele me proporcionou em relação ao anterior.

Eu ainda não tive a oportunidade de testar um iPad mini com tela Retina a fundo, só mexi rapidamente em um ou outro, mas já tive bastante contato com o modelo de primeira geração. Acho o tamanho e o peso dele sensacionais, mas para o uso que eu faço do iPad — que também é profissional — eu realmente prefiro a tela maior.

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Já cobrimos aqui no site que, apesar de os novos iPads terem as mesmas especificações técnicas, o iPad Air aparentemente possui uma tela superior e o clock do seu chip A7 é ligeiramente maior. Acho válidas essas análises bem minuciosas, mas creio que dificilmente essas diferenças sejam perceptíveis no dia-a-dia.

Quem nos acompanha constantemente deve lembrar que eu mesmo apostei que os novos iPads ainda não viriam com Touch ID; dito e feito. Para mim, que já estou bem acostumado com o sensor do meu iPhone 5s, faz uma falta danada. Mas é assim mesmo, muito provavelmente daqui pro ano que vem outros iProducts começarão a incorporar a nova tecnologia.

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O fato de o iPad mini ter praticamente pulado uma geração e já incorporado um chip A7 certamente surpreendeu a todo mundo, mas para mim a evolução do iPad maior foi mais atraente desta vez. Estou muito satisfeito com a minha compra, porém sugiro a todos experimentarem os dois antes para ver com que formato se adaptam melhor.

O iPad Air será lançado amplamente no Brasil nesta sexta-feira, 6 de dezembro, mas o iPad mini com tela Retina inicialmente chegará apenas a Apple Premium Resellers (e acreditamos que também à Apple Online Store brasileira).

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