Depois de duas lojas (em Glasgow e em Londres), mais uma Apple Store do Reino Unido decidiu se sindicalizar, desta vez na cidade de Southampton. A informação foi compartilhada pelo perfil oficial do United Tech & Allied Workers Union (UTAW), que também representou os funcionários da Apple White City.
Os funcionários da loja em questão já apresentaram um pedido para que a Apple reconheça o sindicato. Caso a empresa não responda em até dez dias ou simplesmente se recuse a atender as reivindicações, um processo legal será instaurado — desde que o sindicato consiga provar que pelo menos 10% dos funcionários da Apple Southampton toparam participar da empreitada.
Como notado pelo 9to5Mac, os funcionários reclamam dos seus salários (que já deixaram de acompanhar a inflação há algum tempo) e da falta de transparência por parte da empresa em relação as diferenças de pagamento. Além disso, eles também citam a falta de flexibilidade dos expedientes, a gestão orientada por métricas e uma cultura disciplinar punitiva quando funcionários apresentam reclamações.
A Apple Retail é apontada como um das principais empregadoras, mas a realidade é que é uma força de trabalho sobrecarregada e infeliz. Eles tentam nos manter calmos com vários benefícios, mas não pagam o suficiente pela quantidade de trabalho duro, habilidades e conhecimentos que são necessários. Tentamos trazer essas questões à tona por meio de fóruns de funcionários e queixas internas, mas elas são sempre descartadas com um sorriso falso. Por isso decidimos formar um sindicato.
Outra reclamação são as mudanças promovidas pela Apple no Genius Bar, as quais têm deixado os funcionários da loja sobrecarregados e sem os recursos necessários para prestar um serviço de qualidade. Além disso, nos últimos tempos, a Apple tem optado por uma mão de obra terceirizada e, portanto, mais barata, para a realização dos reparos, em vez de manter equipes em cada uma das lojas.
Os trabalhadores também acusam a Apple de tentar suprimir os esforços de sindicalização da Apple Southampton. De acordo com Eran Cohen, organizador da UTAW, a empresa tentou “vitimizar” alguns dos seus representantes eleitos e impedir que funcionários discutam sobre esses problemas durante o trabalho.
A Apple ainda não comentou o assunto.