A Apple acaba de divulgar seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre fiscal de 2019, finalizado no dia 28 de setembro passado — ou seja, englobando os primeiros dias de vendas dos iPhones 11, 11 Pro e 11 Pro Max.
A companhia faturou US$64 bilhões — dentro da sua expectativa de US$61-64 bilhões, mas na ponta de cima —, teve um lucro líquido de US$13,7 bilhões e ganhos por ação diluída de US$3,03— bem de acordo com as próprias previsões da empresa. Comparativamente, os resultados há um ano foram respectivamente de US$62,9 bilhões (ou seja, aumento de 1,7%), US$14,1 bilhões (-2,8%) e US$2,91 (+4,1%).
Neste trimestre fiscal, as vendas internacionais compreenderam 60% de todo o faturamento da Apple.
Eis os números por segmentos:
- iPhone: US$33,4 bilhões (-9,2%)
- Mac: US$6,9 bilhões (-4,7%)
- iPad: US$4,7 bilhões (+16,8%)
- Vestíveis, Casa e Acessórios: US$6,5 bilhões (+54,3%)
- Serviços: US$12,5 bilhões (+18%)
Tim Cook, diretor executivo (CEO) da Apple, deu a seguinte declaração:
Concluímos um ano fiscal de 2019 inovador com nossa maior receita no quarto trimestre de todos os tempos, impulsionada pelo crescimento acelerado de serviços, dispositivos portáteis e iPad. Com clientes e jornalistas elogiando a nova geração de iPhones, a estreia de hoje dos novos AirPods Pro com cancelamento de ruído, a chegada tão esperada do Apple TV+ a apenas dois dias de distância, e nossa melhor linha de produtos e serviços de todos os tempos, estamos muito otimistas sobre o que o período de férias nos reserva.
Abaixo, a do diretor financeiro (CFO) Luca Maestri:
Nosso forte desempenho comercial elevou os EPS [ganhos por ação] no quarto trimestre para US$3,03 e o fluxo de caixa operacional para US$19,9 bilhões. Também devolvemos mais de US$21 bilhões aos acionistas, incluindo quase US$18 bilhões em recompras de ações e US$3,5 bilhões em dividendos e equivalentes, à medida que continuamos em nosso caminho para alcançar uma posição líquida de caixa neutra ao longo do tempo.
Como estamos no quarto trimestre fiscal do ano, vale um apanhado geral: a Maçã fechou 2019 com uma receita anual de US$260,2 bilhões (contra US$265,6 bilhões em 2018; queda de 2%) e lucro líquido anual de US$55,3 bilhões (contra US$59,5 bilhões no ano passado; queda de 7%).
Olhando à frente para o primeiro trimestre fiscal de 2020, a Apple prevê uma receita de US$85,5-89,5 bilhões, margem bruta entre 37,5% e 38,5%, gastos operacionais entre US$9,6 e US$9,8 bilhões, outras receitas/(despesas) de US$200 milhões e uma taxa de impostos de aproximadamente 16,5%.
O conselho administrativo da Apple declarou um dividendo em dinheiro de US$0,77 por ação comum da companhia (que se manteve exatamente igual ao mesmo período de 2018), pagável em 14 de novembro de 2019 a todos os acionistas registrados ao término dos negócios em 11 de novembro próximo.
A partir das 18h (pelo horário de Brasília), a Apple realizará uma conferência em áudio para falar desses números e responder perguntas da imprensa. Posteriormente, faremos uma cobertura completa com os destaques do que rolar por lá aqui no MacMagazine.
imagem: Robert Wei / Shutterstock.com
Atualização, por Eduardo Marques 30/10/2019 às 18:30
As ações da Apple fecharam o dia em queda de 0,01%, valendo US$243,26. É bom notar que os resultados financeiros não impactaram o pregão de hoje, já que eles só saíram após o fechamento da NASDAQ. Com a alta de 1,25% da Microsoft (fechando em US$144,61), ela ultrapassou a Apple e agora vale US$1,103 trilhão, contra US$1,099 trilhão da Maçã.
Nas negociações pós-fechamento, contudo, a $AAPL
está agora subindo cerca de 2%. Veremos o desempenho dela amanhã.
Atualização II 31/10/2019 às 17:48
Wall Street realmente recebeu muito bem os resultados da Apple. A $AAPL fechou hoje em alta de 2,26%, agora cotada a US$248,76.
Com isso, a Apple voltou a superar a Microsoft [$MSFT] — que caiu hoje 0,86%, cotada a US$143,37 — em valor de mercado: US$1,124 trilhão contra US$1,094 trilhão. Briga boa!