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Conheça o HomeKit e saiba como a Apple deseja centralizar a sua casa no iOS 8

Logo do HomeKit

HomeKit logoAntes de acontecer a WWDC 2014, a Apple era esperada para apresentar uma solução de automação residencial para usuários das suas plataformas. Embora exista sempre a apreensão comum em torno de novidades da marca, é obvio que não necessariamente se trata de uma revolução em curso: há muitas iniciativas deste segmento no mercado e, principalmente, vários gigantes organizados para dividir as atenções de consumidores.

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Foi uma das motivações do Google, por exemplo, para adquirir a Nest, empresa formada por Tony Fadell (mundialmente conhecido como “o pai do iPod”) que trabalha primariamente no ramo de termostatos. Já a Microsoft estabeleceu uma versão específica do Windows chamada IoT para o que estamos vendo por aí como a “Internet das Coisas”, no sentido de que poderemos interagir com mais e mais dispositivos genéricos nas nossas casas através da web em qualquer lugar do mundo, no futuro. Como os enfoques ainda estão divergentes, é difícil prever quem se destacará no desafio de explorar os próximos bilhões de dispositivos conectados que virão por aí — ainda mais considerando que eles poderão ser diferentes de computadores, smartphones, wearables e tablets.

O caminho escolhido pela Apple foi o de abrir suas portas como uma “facilitadora” para seus usuários e parceiros, oferecendo um meio comum para que diversas categorias de eletroeletrônicos possam operar conectadas em um ambiente comum para seus clientes. E assim veio o HomeKit, no iOS 8.

Conceitos básicos

É simples definir o que é o HomeKit: trata-se de um framework no qual aplicativos em iPhones e iPads podem se basear para comunicação e controle de aparelhos conectados nas nossas respectivas residências. A partir dele, a Apple oferece no iOS um meio pelo qual os usuários podem gerenciar diversos produtos em uso nas suas casas, tanto alinhado com as necessidades de hoje, quanto com as expectativas para o futuro em eletroeletrônicos em geral.

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Diferente da maioria das tecnologias implantadas no iOS para desenvolvimento, esta aqui é bastante dependente de produtos de terceiros. Tais produtos não necessariamente precisam ser todos de uma mesma fabricante: os usuários podem adquirir quaisquer soluções que desejarem para as suas residências a partir de qualquer fornecedor afiliado ao programa MFi (ou seja, certificado pela Apple), podendo usar aplicativos dos próprios fabricantes ou soluções que se encarreguem de configuração e serviços de automação centralizada para controlá-los.

Especificações de dispositivos

HomeKit

Para operar através do HomeKit, os acessórios precisam ser construídos seguindo algumas especificações definidas pela Apple e publicadas sob o programa MFi. Tais especificações foram apresentadas recentemente a parceiros da empresa na China, que também selecionou alguns deles para oferecer produtos no mercado antecedendo aos lançamentos dos demais.

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Na realidade, a Apple trabalha com empresas terceiras em produtos acompanhantes para seus lançamentos há muito tempo, de forma que todos eles acabam sendo enxergados como acessórios. Não acredito que o termo seja apropriado para o caso — afinal de contas, parte dos dispositivos que estão sendo abraçados embaixo do HomeKit também podem ter funcionamento independente de um iGadget. Mas de acordo com o que os desenvolvedores viram a respeito do framework na WWDC, ele é flexível para diversas categorias de serviços e características que aparelhos eletroeletrônicos podem oferecer — incluindo aquelas que vão além das definidas até o momento por parte da Apple.

Parte da especificação define o protocolo comum de comunicação entre dispositivos, capaz de determinar como eles serão identificados no iOS com base em todas as categorias e serviços possíveis. Este protocolo deve ser implementado via software usando hardware aprovado pela Apple: segundo a Forbes, a Texas Instruments, a Marvell e a Broadcom serão encarregadas de fornecer esse hardware para os parceiros interessados em oferecer produtos compatíveis com o HomeKit.

Quanto à comunicação, os pré-requisitos são suporte a Wi-Fi e Bluetooth LE, tanto para conexões de rede quanto para P2P (em ambas as tecnologias). Existe criptografia total empregada entre dispositivos iOS e os acessórios conectados, de forma que é necessário emparelhar cada um deles e manter chaves criptográficas entre os dois lados.

Banco de dados central

No iOS, a centralização dos acessórios conectados às residências acontece por meio de um banco de dados comum, mantido localmente em iPhones, iPads e/ou iPods touch. Ele guarda os atributos que o usuário configurar sobre a sua casa e as salas que a compõem, bem como o que está conectado em cada local da casa.

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A partir daí, o sistema passa a gerenciar os serviços de cada acessório conectado e pode expor características e ações tomadas por vários deles a outros aplicativos, permitindo que o usuário faça agrupamentos e agendamentos de tarefas a serem executadas conforme desejar. Por exemplo, se o usuário possuir vários pontos de iluminação diferentes na sua casa, ele pode usar um aplicativo para agrupar todas as ações de desligar a luz presentes neles em um único comando, podendo ser executado em uma rotina agendada (ex: todos os dias, a partir da meia-noite) ou sob demanda através da Siri, caso deseje.

Esses grupos de ações podem trabalhar até com várias categorias diferentes de acessórios. Expandindo o exemplo anterior, o usuário pode usar o mesmo comando para trancar todas as portas de casa e diminuir a temperatura no termostato. Outros comandos podem ser feitos a partir de outros grupos de ações e, desta forma, o usuário tem poder para centralizar as principais atividades da sua casa na palma da mão, com os produtos apropriados.

Apple TV como hub doméstico

Apple TVAlém de oferecer o iOS 8 para iPhones, iPods touch e iPads com suporte ao HomeKit, a Apple também deu ao seu acessório para TVs a mesma conectividade com soluções domésticas. Segundo o AppleInsider, com uma Apple TV conectada ao iCloud, o usuário poderá ter o seu banco de dados central sincronizado para acessar a configuração da sua casa e centralizar a execução de ações agendadas, servindo como um hub doméstico na ausência de pessoas em uma residência.

As chaves de páreo de dispositivos aparentemente podem ser sincronizadas pelas Chaves do iCloud, tornando essa independência de um único iGadget possível. Quando ações precisarem ser disparadas em segundo plano, elas serão comandadas a partir do dispositivo com menor latência a se comunicar com os aparelhos domésticos.

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