Tim Cook participou nesta semana, remotamente (por não poder estar em Washington), do evento “Champions of Freedom” promovido pelo Electronic Privacy Information Center (EPIC). O CEO da Apple realizou um belo discurso focado em privacidade e criptografia de dados, segundo noticiou o TechCrunch.
De forma bastante sincera, Cook afirmou que ele e a Apple como um todo “rejeitam a ideia de que os nossos clientes devem fazer comprometimentos entre privacidade e segurança”. O executivo acredita que empresas devem equilibrar esses aspectos e que todos têm direito fundamental a privacidade.
Cook não poupou (in)diretas a concorrentes como Google, Facebook e Twitter, as quais dependem da coleta de informações de usuários para rentabilizar os seus negócios. “Nós achamos que isso é errado. Não é o tipo de empresa que a Apple quer ser.”
Aproveitando o calor do lançamento do novo Google Photos, Cook reiterou que a Apple busca dar total controle das informações aos usuários e que, embora serviços gratuitos possam parecer atraentes à primeira vista, consumidores um dia perceberão que não vale a pena compartilhar dados pessoais como email, histórico de busca e até fotos familiares em troca disso.
Falando sobre criptografia, Cook também disse que discorda completamente de empresas que deixam backdoors para que agências governamentais tenham acesso a dados de consumidores. Ainda em 2013, o governo americano afirmou ser “impossível” quebrar a criptografia do iMessage. Em fevereiro deste ano, o próprio Cook participou da cúpula de segurança cibernética da Casa Branca a qual tratou, entre outros assuntos, justamente sobre criptografia de dados. O executivo tratou disso, ainda, numa recente entrevista concedida a Charlie Rose.
O EPIC é um centro de pesquisa sem fins lucrativos que trata justamente de privacidade, liberdade de expressão, valores democráticos, etc.