O plano é simples: 1. misture seu projeto com um gadget da Apple; 2. ; 3. LUCRO! Complicado é quando um artista de renome como David Hockney parece seguir uma estratégia dessas: sua última exibição de arte, intitulada Fleurs Fraîche (“Flores Frescas”), traz pinturas feitas exclusivamente em iPhones ou iPads com o app Brushes.
O problema é que os desenhos são… hmm… como expressar isso? Ruins.
Dizer isso é sempre um problema, quando o assunto é arte, mas o Gawker compilou algumas críticas nada lisonjeiras sobre esta exibição. “Emulações nada imaginativas de outras mídias” e “lixo” são duas das mais duras, e devo confessar que elas não parecem tão longe da realidade.
Certamente que um desenho artístico não precisa ser fotorrealista (Deus inventou as máquinas fotográficas pra isso), mas será que esses desenhos, sem uma assinatura, teriam o mesmo valor? Será que eles teriam algum valor? Hockney acredita que o iPad é uma ferramenta artística fabulosa e que Van Gogh adoraria ter um (uma tela mágica, retroiluminada e infinita? Oh, boy… não existiriam pinturas originais, apenas cópias digitais). Uma aprovação dessas é super-relevante, Steve Jobs deve estar nas nuvens, mas… :-/
Olhar para as imagens acima e para certos desenhos [1, 2, 3, 4] me faz pensar se, neste caso, iPad e iPhone foram usados para fazer arte ou para fazer alarde.