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Review: Apple TV de quarta geração

Logo - Apple TVEm 2015, a Apple realizou a primeira grande atualização de um produto em anos — pelo menos três, ou cinco se considerarmos que da segunda para a sua terceira geração, a Apple TV basicamente ganhou suporte à resolução Full HD 1080p.

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Para a nova Apple TV, a companhia promete que “o futuro da televisão” chegou. Será mesmo?

A seguir, o meu review completo da Apple TV de quarta geração.

Nova Apple TV na tela inicial do tvOS com controle remoto na mão apontando para a televisão

Visual

“Em time que está ganhando não se mexe”, já diriam. A Apple seguiu esse conceito com a nova Apple TV, mantendo o mesmíssimo visual externo do produto com um acabamento preto “black piano”.

Apple TVs de quarta e terceira geração lado a lado

A diferença fica na altura: a antiga tinha 23mm, a nova vai a 35mm — um aumento de 52%. Ela também é bem mais pesada: 425 gramas, contra 272 gramas da anterior.

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Na parte de trás, as portas também mudaram um pouquinho de lugar:

Traseira da nova Apple TV

Até aí nada preocupante, com exceção da saída de áudio óptico que sumiu da terceira para a quarta geração (embora o Dolby Digital seja agora 7.1, em vez de 5.1). Muita gente não gostou disso, com razão — afinal, o HDMI (por mais que agora seja o 1.4) não é suficiente em todos os casos. Ah, e claro: nada de cabo HDMI dentro da caixa.

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Outro detalhe é a porta USB-C ali, destinada exclusivamente para serviço e suporte. Antes, era uma Micro-USB.

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Confira o unboxing que publiquei em meados de novembro:

YouTube video

Hardware

Já que citei saída de áudio óptico, Dolby Digital, HDMI e USB-C, vamos às outras mudanças de hardware da nova Apple TV.

O processador passou de um chip A5 single-core para um A8 dual-core, e já adianto que isso faz uma diferença tremenda no uso do produto. A Apple TV de terceira geração já me satisfazia bastante, mas uma coisa que me incomodava era aquela rodinha girando cada vez que havia alguma troca de tela. Isso agora quase não acontece.

A diferença em performance também é graças ao Wi-Fi, que passou de 802.11n para 802.11ac com MIMO — oferecendo mais velocidade e alcance. A porta Ethernet continua estranhamente sendo 10/100BASE-T (nada de Gigabit), ou seja, na teoria é possível conseguir uma velocidade maior sem fio do que com. O Bluetooth também não mudou, é o 4.0, mas um diferencial forte é que agora é possível emparelhar fones de ouvido sem fio com a Apple TV — ótimo para assistir ao que você quiser sem incomodar a esposa (ou o marido).

Apesar de todo esse poder, a Apple decidiu ainda manter esse novo modelo restrito a uma resolução Full HD 1080p — pois é, nada de 4K ainda. Mas a aposta é que o hardware em si é capaz de suportar a resolução maior e que a Apple irá habilitar isso futuramente através de uma atualização de software, quando a iTunes Store estiver preparada para tal e houver também mais conteúdos no geral preparados para 4K.

Controle remoto

E chegamos, então, à parte do hardware da Apple TV que *realmente* mudou: o seu controle remoto.

Controles das Apple TVs de quarta e terceira geração lado a lado

Aqui, a coisa foi realmente drástica. E olhando agora para os dois lado a lado, chegou à conclusão de que o antigo até destoava da caixinha central da Apple TV. O novo realmente parece um complemento do mesmo produto.

De um controle todo em alumínio escovado com uma rodinha direcional e dois botões (Menu e Reproduzir/Pausa), passamos para um controle com traseira em alumínio e frente em vidro com o mesmo acabamento “black piano” da caixinha. Na parte superior, temos um touchpad clicável, e um total de seis botões: Menu, Início, Siri/Busca, Reproduzir/Pausa, aumentar e diminuir volume.

Siri Remote/Apple TV Remote com Touch

Toda a navegação pelo novo sistema operacional da Apple TV é basicamente feita deslizando o dedo e tocando/clicando no touchpad. Quem quiser, pode simular a rodinha direcional da Apple TV antiga simplesmente tocando nos cantos do touchpad, o que é bem legal.

Enquanto o controle anterior tinha uma bateria de lítio substituível, o novo conta com uma interna recarregável via uma porta Lightning na sua parte inferior. A nova Apple TV já vem com um cabo Lightning para USB, mas como a sua porta traseira é USB-C não dá para conectar o controle nela mesma; você precisará conectá-lo no seu Mac/PC ou num adaptador de tomada como o do iPhone. A Apple promete “vários meses” de autonomia por recarga.

Remote LoopO novo controle continua tendo um transmissor de infravermelho, mas ele agora serve para controlar o volume da televisão em si. A comunicação do controle com a Apple TV é via Bluetooth, ou seja, você não precisa mais apontar ele para frente, para que o sinal seja captado. Outra novidade de hardware do controle é que ele tem agora acelerômetro e giroscópio embutidos, porém falarei mais disso adiante.

Embora o controle seja muito bonitinho, ele tem dois problemas. O primeiro, conforme relatamos aqui no site, é que por usar vidro ele é bem mais frágil que o anterior. Talvez não tão frágil quanto aquele post aparentou, mas se ele cair de uma boa altura diretamente no chão as chances de estilhaçar não são muito pequenas. Não é à toa que a Apple está vendendo à parte um acessório que “prende” o controle no seu pulso, o Remote Loop.

O outro problema é este aqui:

Como os seis botões ficam centralizados verticalmente, é um pouco difícil, sem olhar, saber para onde o controle está apontando.

Analisando friamente, parece que a Apple tornou mais complexo algo que era muito simples. Porém com o uso você pega gosto pelo controle e era um caminho inevitável, afinal, agora ele é bem mais poderoso e serve até para jogos.

Ao menos aqui no meu setup, eu não tive que fazer absolutamente nada para ele controlar o volume da minha TV. E o mais legal é que a própria Apple TV consegue ligar e desligar a minha televisão via HDMI, então eu nem mais uso o controle dela (só se precisar trocar o canal para o da Apple TV).

Siri Remote ou Apple TV Remote?

Vocês devem ter percebido que não usei nenhum desses dois nomes no tópico anterior, isto porque eu queria tratar do assunto separadamente.

Apple TV e Siri Remote vistos de cima na diagonal

Conforme explicamos neste artigo, a Apple deu nomes diferentes para o controle remoto da nova Apple TV de acordo com a compatibilidade da Siri. O hardware em si é o mesmo, ou seja, no futuro quando a Siri for se expandindo para mais idiomas/países na Apple TV, o “Apple TV Remote” virará “Siri Remote”.

A parte “feia” é que, no controle, o botão que aciona a Siri tem justamente o ícone de um microfone. Ou seja, para nós usá-lo para ativar a interface de busca da Apple TV não faz sentido nenhum. Mas é assim que está funcionando atualmente.

O que é muito estranho e, talvez, inadmissível. Ora, esperamos tanto para ter a Siri em português e agora de novo voltamos à estaca zero? É compreensível que a Apple queira sempre oferecer a melhor experiência possível para usuários e que a Siri na Apple TV requeira certas otimizações, mas ao mesmo tempo é agora obrigação dela trabalhar e gastar os bilhões de dólares que tem no banco para lançar essas coisas simultaneamente para todos os usuários. A Apple não é mais uma mera empresa americana, ela é global.

E não estou falando de “mais um recurso” da nova Apple TV. Boa parte da keynote de lançamento dela foi focada justamente no uso da Siri, o quanto que ela aprimora a experiência de uso do produto, quão mais fácil é chegar a conteúdos pela voz e por aí vai. Quem não pode usar a Siri na nova Apple TV está usando uma nova Apple TV “capada”.

Ao menos a busca agora é universal, abrangendo boa parte do conteúdo oferecido pelos apps instalados na Apple TV. Com o tempo, desenvolvedores irão incorporando suporte a ela e mais e mais resultados relevantes começarão a aparecer.

Aplicativo Remote

Em clima de “pisadas de bola” da Apple, vale lembrar que a nova Apple TV chegou ao mercado sem compatibilidade com o aplicativo Remote para iOS — mais um absurdo.

Felizmente, o tvOS 9.1 trouxe compatibilidade com ele:


Ícone do app iTunes Remote
iTunes Remote de Apple
Compatível com iPadsCompatível com iPhones
Versão 4.5.1 (12.6 MB)
Requer o iOS 11.4 ou superior
GrátisBadge - Baixar na App Store Código QR Código QR
Screenshot do app iTunes RemoteScreenshot do app iTunes RemoteScreenshot do app iTunes Remote

Ainda assim, o app em si não mudou nadica de nada. Ele atende bem ao que precisamos, principalmente em termos de digitação (ninguém merece ficar catando letras com os controles remotos das Apple TVs, seja o antigo ou o novo), mas não traz ainda todas as funções que o Siri/Apple TV Remote oferece.

A Apple já prometeu uma versão totalmente nova do app Remote para 2016, reformulado para esta Apple TV. Mas ele nunca conseguirá, por exemplo, simular os botões de controle de volume da televisão — afinal, o iPhone em si não tem um transmissor de infravermelho.

Capacidades

De uma maneira geral, quem compra um Mac/PC, iPad ou iPhone tem uma noção de quantos gigabytes precisa para o seu uso médio. Às vezes alguns podem tentar economizar um pouco optando por um modelo de menor capacidade, mas estamos acostumados a entender o quanto um determinado app ocupará de espaço, assim como vídeos e fotos.

Com a nova Apple TV, é mais difícil. Trata-se de uma plataforma totalmente nova, quase como a primeira geração de um produto. Ninguém tem ainda noção exata do quanto que aplicativos e jogos ocuparão de espaço nela, bem como de conteúdos armazenados em cache ou para reprodução offline. A Apple também impôs uma série de limitações para desenvolvedores quanto ao peso dos seus apps, o que nos deixa ainda mais confusos.

A gente já fez um artigo falando sobre as capacidades da nova Apple TV, mas falando especificamente da minha experiência eu resolvi arriscar no modelo de 32GB mesmo e até agora, pelas minhas contas, são usei nem um quarto disso. Digo “pelas minhas contas” porque, atualmente, o tvOS não oferece uma interface completa para você visualizar qual o espaço total e o ocupado na Apple TV. Há apenas uma tela mostrando o espaço ocupado pelos apps que você instalou, nada mais.

Confesso que achei estranho a Apple colocar o produto no mercado com essas duas capacidades; os próprios rumores de dias antes davam como “certa” a chegada da nova Apple TV com apenas uma versão, seja de 32GB ou de 64GB. Mas a empresa achou que realmente fazia sentido oferecer duas opções do produto, e espero que isso não tenha sido uma mera ganância para deixar os usuários na dúvida e acabar por vender o modelo mais caro para alguns que não querem “correr o risco” de lotar os 32GB rapidamente.

O tvOS

Até a Apple TV de terceira geração, seu sistema operacional era chamado apenas de “Apple TV Software”. Poucos sabem, mas ele mesmo já era baseado no iOS. Para a nova Apple TV, a Maçã oficializou um novo sistema operacional: o tvOS. Não é à toa que, mesmo chegando agora, ele já está na versão 9 — assim como o iOS.

App Store na televisão ao lado da nova Apple TV e de iGadgets

Para aproveitar a capacidade do novo hardware e o Siri/Apple TV Remote, a Apple deu uma nova cara à interface da Apple TV. Ela ficou mais clara (algo que incomodou a muitos — vamos torcer para que, assim como o OS X, o tvOS ganhe um “modo escuro” no futuro), ainda mais flat e ganhou uma série de animações e efeitos baseados em reflexos e translucidez. Se você analisar o esqueleto em si do sistema operacional, pouca coisa mudou. Mas ele está mais moderno e agradável de usar.

Se antes tínhamos canais de conteúdo todos controlados pela própria Apple, agora temos finalmente um sistema baseado em apps. Tanto é que, ao ligar a nova Apple TV pela primeira vez, o sistema agora vem bastante enxuto. Nem mesmo YouTube e Netflix já vêm embutidos nela; você tem que baixar/instalar tudo o que quiser mesmo, com exceção apenas dos básicos da própria Apple. Falando neles, uma ótima grande novidade da nova Apple TV é o suporte nativo ao Apple Music, que até hoje não chegou — e quem sabe nunca chegue — ao modelo de terceira geração.

Se por um lado é bom porque agora realmente só precisamos ter na Tela de Início os ícones das coisas que realmente iremos usar, no fim ainda acabamos instalando diversos aplicativos — e agora jogos, também — que rapidamente tornam a lista grandona. E, apesar de termos ganhado um sistema “totalmente” novo, a organização desses canais ainda continua igual. Nada de pastas para separá-los, por exemplo.

Mas vale notar que o tvOS tem um grande potencial pela frente e já é bastante complexo, com gerenciamento inteligente de memória (são 2GB) e processos paralelos. Dando dois cliques no botão Início do Siri/Apple TV Remote, por exemplo, abre-se uma interface de multitarefa similar à do iOS pela qual podemos alternar entre apps ou até fechar (deslizando o dedo para cima no touchpad) o que quisermos.

Ao deixar a Apple TV parada por um certo tempo (configurável dentro de Ajustes), ela leva o usuário aos novos e belíssimos protetores de tela criados pela Apple que mostram locais diversos espalhados pelo mundo na hora do dia de acordo com o momento em que você estiver visualizando. Aos que quiserem, já criaram uma forma de levá-los a Macs.

O Breno Masi mostrou um pouquinho do protetor no início deste nosso vídeo que traz um rápido tour pelo tvOS:

YouTube video

App Store

Siri e App Store brigam entre as duas grandes novidades da Apple TV. Aguardada há anos, desde quando Steve Jobs ainda era vivo, a loja de aplicativos finalmente leva o melhor dos smartphones e tablets para a televisão: a possibilidade de o produto se tornar melhor com o tempo, por meio do trabalho e da criatividade de desenvolvedores.

Nova Apple TV com controle e televisão cortada

Em todos os anos de existência da Apple TV até agora, tudo o que tínhamos eram canais de conteúdo criados, gerenciados e entregues pela Apple. Além de ela agora dar o poder de cada empresa/desenvolvedor criar o seu ambiente da forma que quiser, o tvOS veio com um SDK (software development kit, ou kit de desenvolvimento de software) que abre portas para aplicativos bem mais imersivos para a televisão. E o melhor: não só aplicativos, mas também jogos!

A App Store em si funciona de forma bastante similar à que estamos acostumados no iOS e no OS X: temos navegação por itens em destaque, rankings de populares, categorias, itens comprados e busca por palavras-chave. Há apps gratuitos e pagos, alguns universais — o mesmo app no iOS é compatível com o tvOS —, e a única forma de chegar a eles é pelo próprio tvOS. Até hoje, a Apple não oferece links diretos visualizáveis pelo computador (via iTunes Preview).

Como citei mais acima, o Siri/Apple TV Remote conta com acelerômetro e giroscópio — isto porque todos os jogos criados para a Apple TV precisam ser compatíveis com ele. A experiência é satisfatória em games relativamente simples, mas não chega a ser muito confortável devido às próprias dimensões do controle.

A boa notícia é que, para quem é gamer de verdade e vai comprar a nova Apple TV com base nisso, ela também suporta controladores de jogos dedicados via Bluetooth. E, na App Store, os jogos preparados para eles recebem um ícone indicativo — muito prático.

Controle Nimbus para a Apple TV, da SteelSeries

O acervo de apps disponíveis na loja já melhorou desde que eu pus as mãos na minha, e supera os 2.600 títulos disponíveis. Todavia, ainda há um longo caminho pela frente até começarmos a ver “killer apps” de verdade, até porque os desenvolvedores — e a própria Apple — estão aos poucos entendendo como funciona essa nova plataforma e descobrindo as melhores formas de explorá-la. É por isso que ninguém deve se preocupar em não ter comprado uma nova Apple TV até agora, visto que ela só tende a ficar melhor com o tempo.

Conclusão

É engraçado como, embora tenha mudado bastante e vindo recheada de novidades, a Apple TV continua sendo a Apple TV. Coloquei a nova na sala aqui de casa, mas continuo usando a antiga no meu quarto sem problemas. É um pouco estranho, sim, mas ela continua tendo acesso à iTunes Store para filmes, ao Netflix e suportando o espelhamento via AirPlay — que são os meus usos mais comuns da Apple TV. Não tenho pressa nenhuma de trocá-la pela nova.

A experiência geral com a nova é muito superior e, como eu falei, ela só tende a ficar melhor com o tempo. Mas o preço do produto também subiu bastante. Ainda é bem menos do que custa um iPhone ou iPad, por exemplo, mas nos Estados Unidos enquanto a Apple TV de terceira geração estava (e continua) sendo vendida a US$69, as novas chegaram custando US$149 (32GB) e US$199 (64GB). Ou seja, mesmo lá fora estamos falando de um produto mais do que duas vezes mais caro.

Caixa da nova Apple TV (quarta geração)

Aqui no Brasil, então, nem se fala. A antiga teve o seu preço recentemente reajustado de R$399 para R$599, enquanto as novas chegaram por R$1.349 e R$1.749 respectivamente. Não é nada barato e, mesmo com os 10% de desconto oferecidos para pagamentos à vista, é um produto que vale muito a pena comprar numa viagem ao exterior (mesmo com o dólar a R$4,00 — o modelo de 32GB fica por aproximadamente R$678, considerando imposto local de 7% e IOF de 6,38% no cartão de crédito) — e fica tranquilamente dentro da cota de US$500.

Talvez a Apple tenha exagerado um pouquinho em caracterizar o produto como “o futuro da televisão”, mas hoje a Apple TV é certamente uma das melhores experiências que temos à nossa disposição para acessar não só conteúdos diversos sob demanda, mas também agora aplicativos e jogos dos mais variados. Como de praxe, o pacote oferecido pela Apple é bem “amarrado”, sólido, tanto no lado do consumidor quanto no do desenvolvedor.

Estou curioso para observar quais os planos da Apple em termos de upgrades de hardware para essa Apple TV. Na minha visão trata-se de um produto que tem muito a evoluir sob o aspecto do software, mas pode ser mantido com o hardware atual por uns 2-3 anos sem problemas. Se a Apple for se focar em jogos cada vez mais pesados/complexos, porém, eu não me surpreenderia que a Apple TV entrasse para o “hall” dos produtos atualizados anualmente pela companhia. O tempo dirá.

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