Não há mais dúvidas que as vendas da Apple serão afetadas pelos protestos trabalhistas que estão ocorrendo na principal fábrica de iPhone da Foxconn, na China. Entretanto, os analistas buscam entender qual será o tamanho do prejuízo.
Ontem, a Bloomberg apostou que o prejuízo no número de iPhones 14 Pro/14 Pro Max produzidos seria de 6 milhões de unidades, o que já é um montante significativo. Agora, o analista Ming-Chi Kuo mais que dobrou a aposta, afirmando que os protestos poderão custar à Apple cerca de 15 a 20 milhões unidades no quarto trimestre de 2022.
The total iPhone 14 Pro and 14 Pro Max shipments in 4Q22 will be 15–20 million units less than expected. Significant downside risks to Apple & iPhone supply chain due to Zhengzhou iPhone plant labor protestshttps://t.co/tUkKE9TGVG
— 郭明錤 (Ming-Chi Kuo) (@mingchikuo) November 29, 2022
Kuo afirmou que a produção dos iPhones na fábrica em Zhengzhou foi “significativamente afetada”, o que resultou em um corte de 20% no quarto trimestre de 2022. Ou seja, se a previsão era que a produção ficasse entre 80-85 milhões de unidades, agora deve-se fabricar “apenas” 70-75 milhões de unidades.
Ele ainda conta que a fábrica estaria operando com apenas cerca de 20% em novembro, e a esperança é que aumente para 30-40% em dezembro. Para auxiliar no processo, a Pegatron e a Luxshare teriam obtido, cada uma, cerca de 10% dos pedidos dos iPhones 14 Pro [Max], porém a produção em massa só deverá começar no final de dezembro.
Devido a esses contratempos, muitas lojas estão enfrentando problemas de estoque, o que afetará a receita do iPhone “significativamente”, com previsão de diminuição de 20% a 30% neste trimestre, de acordo com o analista.
Kuo destacou a possibilidade de a demanda dos iPhones 14 Pro [Max] não serem meramente “adiadas” — esperando pela normalização dos estoques —, mas que elas poderão “desaparecer” devido à recessão econômica. Assim, ele indica que muitas pessoas que talvez fossem adquirir os modelos mais caros (se houvesse estoque) simplesmente não o farão mais.
Quanto mais tempo passa, parece que o problema só se agrava…
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