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App chinês de deepfakes viraliza e gera preocupação por questões de privacidade

Está iniciada a era dos apps substituidores de rostos
Demonstração do Zao, app chinês de Deepfake

Você certamente já deve ter ouvido falar dos deepfakes, as imagens criadas por inteligência artificial que basicamente sintetizam a aparência e a voz humana — tornando possível, basicamente, que você coloque qualquer pessoa em qualquer situação num áudio ou vídeo gerado artificialmente. Por si só, a técnica já gera enormes polêmicas por conta do seu potencial destrutivo, mas um app chinês está levando a controvérsia a um outro nível.

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Refiro-me ao Zao, aplicativo desenvolvido pela chinesa Momo que está disponível gratuitamente na App Store desde a última sexta-feira (30/8). O app tem uma proposta simples e tentadora: você tira uma singela selfie e, de repente, pode inserir seu rosto em uma infinidade de clipes famosos de filmes ou séries de TV — com uma fidelidade impressionante.

https://twitter.com/AllanXia/status/1168049059413643265?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1168049059413643265&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.cnet.com%2Fnews%2Fchinese-deepfake-app-surges-in-popularity-raises-privacy-concerns%2F
Caso você ainda não tenha ouvido falar, #Zao é um app chinês que estourou na última sexta-feira. É a melhor aplicação da técnica “deepfake” de substituição facial que eu já vi.

Aqui está um exemplo de eu mesmo como DiCaprio (gerado em menos de oito segundos a partir somente daquela foto no canto inferior esquerdo). 🤯

Como vimos no exemplo acima, a coisa é realmente assombrosa: o aplicativo precisa somente de algumas fotos suas (de frente, de lado, piscando, com a boca aberta, etc.) e transfere seu rosto para os clipes em questão, de uma forma extremamente realista. O problema é que, na mesma pegada do FaceApp, as questões de privacidade do app são, no mínimo, difusas.

A política de privacidade do aplicativo atesta que os clipes gerados pelos usuários são “gratuitos, irrevogáveis, permanentes, transferíveis e relicenciados”. Anteriormente, os termos afirmavam que a Momo podia utilizar o conteúdo gerado no app livremente, mas o texto foi alterado — agora, a desenvolvedora afirma que solicitará os usuários antes de usar os seus clipes em suas mídias, mas o conteúdo continuará sendo utilizado internamente para melhorar o aplicativo.

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Em outras palavras, seus vídeos divertidos continuarão sendo usados para alimentar a rede neural que possibilita o funcionamento do app. Ao menos a Momo afirma que, se você excluir algum clipe que criou, o vídeo em questão será apagado dos servidores da desenvolvedora.

O fato é que Zao viralizou instantaneamente na China e está se alastrando rapidamente. O app já está disponível na App Store brasileira (e em quase todas as outras ao redor do mundo) e, ainda que não tenha estourado por aqui, eu não me surpreenderei se isso acontecer ao longo desta semana — aguarde, portanto, um enxame de vídeos engraçadinhos de filmes ou séries famosas com a cara dos seus amigos.

Caso você tenha se interessado pela proposta do app, fique à vontade para baixá-lo — mas com a consciência de que sua política de privacidade não inspira muita nenhuma confiança. O Zao é só um dos primeiros aplicativos de uma onda que está apenas começando, e dados tão sensíveis como nossas informações faciais precisam ser tratados com muito cuidado. Atenção sempre, portanto!

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Desculpe, app não encontrado.

via B9

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