Os iPhones 7 e 7 Plus foram apresentados anteontem, na quarta-feira (7/9). Hoje, sexta-feira (9/9), já foi iniciada a pré-venda dos aparelhos.
Diferentemente dos anos passados, quando apenas 5 ou 6 países faziam parte da primeira leva do lançamento, em 2016 foram muito, muito mais. Estamos falando de 30 países que fazem parte da pré-venda e que receberão os novos iPhones na semana que vem, no dia 16/9: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Hong Kong, Ilhas Virgens dos EUA, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Porto Rico, Singapura, Suécia, Suíça, Taiwan e Reino Unido. Sem falar, que, na sexta-feira seguinte (23/9), os novos smartphones estarão disponíveis em mais 30 locais!
Em 2015, a Apple preferiu espaçar mais a distância entre a pré-venda e a chegada dos iPhones às lojas em si (duas semanas). Agora, com os iPhones 7 e 7 Plus, ela resolveu voltar a utilizar a estratégia de sempre, reaproximando novamente o lançamento dos aparelhos à data de apresentação (uma semana de espaço). Isso, é claro, interfere diretamente no tempo de produção dos iPhones em si, o que consequentemente influencia o estoque disponível.
Pois bem: a fórmula mais países e menos tempo de produção se mostrou complicada nesta pré-venda. As lojas online da Apple saíram do ar cerca de 6 horas antes do início das vendas (meia-noite de Cupertino; 4 horas da manhã pelo horário de Brasília). A pré-venda estava disponível tanto pelo site quanto pelo app Apple Store e foi iniciada com um pouco de atraso. Até aí, nada demais.
O problema em si foi que, em poucos minutos — poucos, mesmo! — praticamente todos os iPhones (independentemente de tamanho, cor e capacidade) já estavam um prazo de entrega para depois de 16 de setembro. A nova cor preto brilhoso (jet black), então, nem se fala! Arrisco a dizer que o prazo inicial de entrega desses iPhones nunca foi 16/9, e sim entre 1-2 semanas.
Aos menos nos EUA1Estamos falando do modelo comercializado pela T-Mobile, já que os outros pedem informações atreladas às operadoras as quais nós, brasileiros, não temos como fornecer — consequentemente, não temos como comprar., após uns 20-30 minutos de pré-venda o cenário ficou assim:
- iPhone 7 preto brilhoso: 3 a 4 semanas;
- iPhone 7 preto: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 prateado: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 dourado: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 ouro rosa: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 Plus preto brilhoso: novembro;
- iPhone 7 Plus preto: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 Plus prateado: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 Plus dourado: 2 a 3 semanas;
- iPhone 7 Plus ouro rosa: 2 a 3 semanas.
Em Portugal e em alguns outros países da Europa, por exemplo, as datas estão iguais para os iPhones 7 Plus e um pouco melhores nos iPhones 7 prateado, dourado e ouro rosa.
Normalmente, esses iPhones adquiridos online na pré-venda saem direto da fábrica e são despachados diretamente da China para o local de entrega (facilitando a logística da empresa). Ainda que tenhamos mais países envolvidos na pré-venda e que a distância entre a pré-venda e o lançamento nas lojas não seja muito grande, essa evaporação de iPhones é estranha levando em consideração a — ainda que leve — desaceleração do mercado de smartphones.
Outra diferença entre o modelo de vendas adotado em 2015 e 2016: a Apple não possibilitou comprarmos um iPhone na pré-venda e retirá-lo em uma loja física da empresa (o que ela chama de “Reserve and Pick Up”). Conforme informou o MacRumors, esta opção voltará a ser realidade a partir do dia 17 de setembro (um dia após o início das vendas nas lojas) nos EUA e no Reino Unido.
Juntando isso tudo, a única conclusão que eu consigo chegar é que a empresa quer gerar muito burburinho com este lançamento, priorizando os estoques de iPhones nas lojas e fazendo com que as tradicionais filas voltem a desempenhar um papel importante na visão de sucesso do aparelho. Saberemos na sexta-feira da semana que vem, quando nós tentaremos colocar as mãos em iPhones 7/7 Plus.
Notas de rodapé
- 1Estamos falando do modelo comercializado pela T-Mobile, já que os outros pedem informações atreladas às operadoras as quais nós, brasileiros, não temos como fornecer — consequentemente, não temos como comprar.
