O melhor pedaço da Maçã.

Instituto chinês diz ter conseguido quebrar a segurança do AirDrop [atualizado]

Aleksey H / Shutterstock.com
AirDrop no iPhone

Um instituto forense apoiado pelo governo da China disse ter conseguido quebrar a segurança do AirDrop e descobrir informações sensíveis sobre usuários de iPhones, como os seus números de telefone e endereços de email. As informações são da Bloomberg.

Publicidade

O recurso da Apple, disponível não só nos smartphones da empresa, mas também em iPads e Macs, permite que pessoas enviem arquivos anonimamente para outros dispositivos próximos via Wi-Fi ou Bluetooth. Por conta dessas características, ele tem sido bastante explorado, segundo o governo local, para facilitar o compartilhamento de conteúdos considerados “inapropriados”.

Essa, vale notar, não é a primeira vez que o AirDrop vira alvo de polêmica na China. No ano retrasado, a gigante de Cupertino alterou as configurações de recebimento do recurso para fazê-lo ficar ligado por, no máximo, dez minutos enquanto a opção “Todos” estiver selecionada — supostamente sob pressão do governo chinês. Esse ajuste, porém, foi logo expandido para outros países.

Em um artigo, o Beijing Institute (órgão responsável por hackear o AirDrop) chamou o método de uma “inovação tecnológica” e disse que ela “melhora a eficiência e a precisão da resolução de casos e evita a propagação de comentários inadequados, bem como possíveis más influências”. O instituto também disse que a polícia já conseguiu identificar “múltiplos suspeitos” graças a essa técnica, embora não tenha confirmado se alguém chegou a ser preso.

Publicidade

O órgão, como esperado, não divulgou como o método funciona, limitando-se a dizer que ele envolve acessar o log criptografado de um iPhone. Como notado pelo AppleInsider, isso implica que o instituto ou a polícia tenha confiscado os aparelhos, embora isso também não tenha sido confirmado.

A Apple ainda não comentou o caso.

Atualização, por Luiz Gustavo Ribeiro 10/01/2024 às 14:00

A alegação do Beijing Institute de ter hackeado o AirDrop para obter detalhes dos usuários do iPhone foi apoiada por um pesquisador de segurança — o qual já alertou a Apple sobre essa brecha há anos.

Publicidade

O pesquisador Alexander Heinrich, da Universidade Técnica de Darmstadt (na Alemanha), disse que essa vulnerabilidade foi relatada à Apple originalmente em 2019 — e que a própria companhia procurou-o para entender o problema.

Heinrich contou que, embora tenha demonstrado um método mais seguro para o uso do AirDrop, ele seria incompatível com versões mais antigas do iOS, por isso a Apple não o teria implementado.

Publicidade

No entanto, sabendo agora que a vulnerabilidade foi explorada/divulgada — e considerando os riscos disso —, pode ser a hora de a Maçã começar a se preocupar com uma resolução.

via Macworld

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Referências a “Apple Vision”, sem o “Pro”, são vistas na beta do iOS 17.3

Próx. Post

WhatsApp libera editor de figurinhas nativo na sua versão beta para iOS

Posts Relacionados