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Vice-presidente de marketing da Apple fala sobre o comercial de Natal e os valores da empresa

Frankestein - Comercial de Natal da Apple

A Apple soltou nesta semana um comercial de Natal que emocionou muitas pessoas (até aqui no site).

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Com o título de “Frankie’s Holiday” (em tradução livre, “O Natal de Frankie”), o vídeo mostra um monstro que vive sozinho em um lugar distante da civilização gravando os sons de uma caixinha de música em seu iPhone 7. Ele, então, aparece na cidade e pessoas o olham estranho enquanto ele canta uma música de Natal de modo desajeitado. Logo, as pessoas vão se comovendo com seu gesto e, depois, todas já estão cantando junto dele. A mensagem “Open your heart to everyone” (ou “Abra o seu coração para todos”) aparece na tela e o comercial termina.

A aparência “diferente” do monstro e também o título levou ao entendimento de que tratava-se do personagem da obra literária “Frankenstein: ou o Moderno Prometeu”, de Mary Shelley, que se popularizou pelos vários filmes já criados. Vale lembrar que Frankenstein é o sobrenome de Victor, o médico que criou o “monstro” (que não tem nome). No comercial, a criatura — assim como na obra — é visto como um “estranho” que não pertence ao nosso mundo. Entretanto, com a intenção de chamar todos a acolher qualquer um (até um monstro!), a Apple traz ao fim uma mensagem muito sensível.

Em uma entrevista para a Fast Co.Create, Tor Myhren (vice-presidente de marketing da Apple) respondeu a algumas perguntas sobre a abordagem do comercial.

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Por curiosidade, rapidamente o entrevistador iniciou perguntando se o “monstro” era o ator Brad Garrett (sim, é ele), em seguida, perguntou se a propaganda teria algo relacionado ao recente resultado das eleições americanas e o memorando de Tim Cook aos empregados da Apple. Respondendo negativamente a essa pergunta, Myhren lembrou que o tema “inclusão” já faz parte dos valores da empresa há tempos, citando também o comercial “A Família Humana” divulgado durante os Jogos Olímpicos. Segundo ele, os dois momentos eram ótimas oportunidades para levar essa mensagem a um grande público.

Ao ser perguntado sobre a importância que o comercial teria para a estratégia da empresa, Myhren — que assumiu o seu cargo atual no fim de 2015 — afirmou que é uma “tradição” bem-sucedida na empresa e que “em time que está ganhando não se mexe”. Ele acrescentou dizendo que o trabalho “não reflete o olhar dele sobre as coisas, é apenas como a Apple faz”.

Frankestein - Comercial de Natal da Apple, iPhone

As últimas perguntas do entrevistador foram sobre se as marcas estariam entrando nessa onda de comerciais de Natal mais “britânicos”, mais emotivos. O executivo lembrou que, no mundo inteiro, empresas ainda estão voltadas a propagandas de vendas agressivas, quando, na verdade, “há coisas mais importantes na data do que simplesmente conseguir os melhores descontos”.

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É um tempo para pensar sobre nós mesmos, nossas famílias, o mundo ao nosso redor. E, para nós, é também pensar sobre um dos nossos valores principais. […] Quando as pessoas estão sendo inundadas com essas mensagens agressivas de venda, podemos dar a elas um minuto ou dois de apenas um pouco de entretenimento que amarra muito fortemente a algo que acreditamos fortemente na Apple.

A interessante entrevista na íntegra você pode conferir, em inglês, aqui.

[via The Loop]

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