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Pesquisadores de inteligência artificial da Apple agora poderão publicar as suas descobertas [atualizado]

Façamos agora uma viagem a outubro de 2015, quando a Bloomberg publicou uma matéria sobre como a Apple estaria prejudicando o seu próprio desenvolvimento em inteligência artificial pelo fato de permanecer com seus trabalhos em segredo. Depois dessa reflexão, mais alguns “ataques” foram feitos aos trabalhos da Maçã nesta área, incluindo comentários nada agradáveis sobre a Siri, vindo do influente jornalista Walt Mossberg.

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Voltando aos dias atuais, este panorama da Apple parece estar prestes a mudar — para melhor. Isto porque, através do recém-contratado diretor de pesquisa de inteligência artificial, Russ Salakhutdinov, a Apple anunciou na conferência Neural Information Processing Systems (NIPS) que permitirá, sim, a publicação de descobertas em IA.

A Apple iniciará a publicação [de materiais/pesquisas em IA], de acordo com o @rsalakhu no #nips2016

Anteriormente, a gigante de Cupertino considerava todas as suas descobertas como “propriedade intelectual”. Agora, além de seus pesquisadores poderem publicar descobertas, eles também poderão trocar ideias com outros especialistas. Seja lá o que fez a empresa mudar de ideia (pelo menos em relação a IA), é ótimo que ela agora esteja seguindo o mesmo caminho já trilhado por empresas como o Google e o Facebook, as quais também já publicam suas descobertas nesta e em diversas outras áreas.

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Com essa iniciativa de compartilhar pesquisas da área, as diversas contratações e também o centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Japão que supostamente será focado também em IA, esperamos que a Maçã possa logo trazer evoluções e inovações tanto para a Siri quanto para outros possíveis segmentos que utilizam a tecnologia.

[via AppleInsider]

Atualização · 08/12/2016 às 10:24

A Quartz teve acesso a alguns dos slides desta apresentação sobre inteligência artificial em Barcelona (Espanha). Ao que parece diversos tópicos foram abordados, entre eles: saúde e sinais vitais, detecção volumétrica de LiDAR (Light Detection And Ranging), previsão com saídas estruturadas, processamento de imagens e colorização, assistente inteligente e modelagem de linguagem e reconhecimento de atividade.

Um dos slides mostrava algoritmos relativos a reconhecimento de imagem da Apple, que é de 3 mil imagens por segundo(!) — duas vezes mais rápido que o do Google. Já outro mostrava a capacidade da Apple de construir um sistema neural 4,5x menor sem que haja perda na precisão, e que também é mais rápido. Entre processo em particular baseia-se numa “técnica” na qual um sistema neural “ensina” o outro a tomar decisões de acordo com a situação; isso estaria ligado ao trabalho em fotos e áudio.

Além dessas, mais outras áreas foram tratadas na apresentação: modelos generativos profundos, compressão de modelos, compreensão da cena holística, confiabilidade do modelo, aprendizado de reforço profundo, aprendizagem não-supervisionada, transferência de aprendizagem, raciocínio, atenção e memória, e treinamento eficiente em computação distribuída.

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Seja lá por que a Apple guardou as informações por tanto tempo, agora outros poderão também se beneficiar de suas descobertas e, no fim, quem sai ganhando somos nós.

[via MacRumors]

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