Muito tem se falado sobre a perda de força da Apple, outrora a gigante inabalável do mundo da tecnologia, perante concorrentes como Google (desculpem, Alphabet) e Amazon. Bom, se depender da nova previsão do analista financeiro Horace Dediu, do Asymco, tudo indica que o ecossistema principal da Maçã ultrapassará neste ano uma barreira para lá de simbólica antes dos seus principais competidores: a do primeiro trilhão (sim, trilhão!) de dólares em faturamento.
De acordo com Dediu, o iPhone — dono da maior fatia deste faturamento com larga, larga vantagem — terá vendido ao menos 1,2 bilhão de unidades nos seus dez primeiros anos de existência, fazendo dele o “produto mais bem-sucedido de todos os tempos”! No total, a soma de todos os produtos com base no sistema iOS — incluindo aqueles que rodam sistemas “descendentes” dele, como o Apple Watch e a Apple TV — vendidos na história chegará à casa de 1,75 bilhão de unidades com os dez anos do iPhone; assim, a Apple terá ultrapassado os 2 bilhões ao fim de 2017.
O analista estima que a Apple terá gerado por volta de US$980 bilhões com a venda de iGadgets em meados deste ano. Some isto com aproximadamente US$100 bilhões gerados pelos serviços relacionados ao ecossistema, como vendas da App Store, e você terá ultrapassado a almejada marca de US$1 trilhão — isso só considerando o ecossistema iOS, é bom lembrar. Para se ter uma ideia, a Microsoft, considerando todas as suas operações desde a sua origem, ultrapassou o marco em maio do ano passado, enquanto a própria Apple como um todo chegou ao primeiro trilhão de dólares de faturamento em 2015.
Essa é uma boa forma de visualizarmos como o iOS é, hoje, o pilar fundamental da Apple e entendermos o porquê de outras linhas de produtos estarem aparentemente tão esquecidas. E, se você acha que tal dominação seria um sinal de que o iOS chegou ao seu “pico” e a partir de agora as coisas podem desacelerar, bom, saiba que Dediu não concorda com você: segundo o analista, ao contrário de gigantes caídos como Nokia e BlackBerry, o reino do ecossistema móvel da Maçã deverá continuar ainda por um bom tempo, considerando a quantidade recorde de pessoas trocando smartphones baratos com Android por iPhones e a integração cada vez mais forte entre os iGadgets.
Vamos esperar para ver.
[via MacRumors]