Surpresa, surpresa: mesmo com as críticas cada vez mais vocais acerca de uma suposta perda de fôlego da Apple na capacidade sobrenatural de apresentar produtos mágicos e revolucionários ano após ano, como vimos nos áureos tempos da década passada, a Maçã ainda tem uma capacidade inigualável de agradar os seus consumidores — e conquistar a lealdade deles.
Ao menos é o que afirma a mais nova edição da pesquisa de lealdade [PDF] de consumidores e engajamento de marca, realizada pela Brand Keys: segundo a empresa, a empresa de Cupertino lidera em praticamente todos os segmentos em que compete.
Nos campos de laptops, smartphones, tablets e música online, a Apple levou tudo — este último é particularmente intrigante, considerando as críticas do Apple Music e a força inegável do Spotify no segmento. A Beats, subsidiária da Maçã, empatou com a LG na categoria fones de ouvido.
Entre todos os segmentos pesquisados pela Brand Keys em que a Apple tem alguma participação, apenas dois não foram vencidos por ela: mensageiros instantâneos (o iMessage perdeu para o Facebook Messenger, o que faz todo o sentido considerando que ele é exclusivo dos produtos da Maçã) e serviço de pagamentos online (o Apple Pay, ainda engatinhando no ramo, não conseguiu fazer frente ao PayPal). Infelizmente, os smartwatches não entraram no levantamento — seria interessante ver como o Apple Watch se sairia neste mercado ainda tão indefinido.
Neste ano, a pesquisa englobou uma amostra de 49.168 consumidores dos Estados Unidos de 16 a 65 anos, ou seja, temos uma boa representatividade do que acontece no mundo real (ao menos no americano).
Em um comentário interessante no Daring Fireball, John Gruber asserta que a liderança da Apple nestes segmentos ainda é absolutamente compreensível — apesar das falhas recentes, a companhia “ainda é a que entrega, com maior consistência e nível de qualidade, a experiência mais gratificante entre as empresas de tecnologia”, diz ele. O problema, segundo Gruber, é que a clara liderança da Apple pode ter levado a um certo nível de complacência dentro da empresa — e, por isso, talvez mais que nunca nos últimos dez anos, sua posição de destaque pode estar ameaçada.
E você, concorda com Gruber?
[via CNET]