A camada de compatibilidade para UNIX Wine já existe e salva a pele de inúmeros usuários de Mac e Linux há, pasmem, quase 24 anos (a versão inicial foi lançada em julho de 1993). Em 2008(!) veio a versão 1.0 do software e, agora, quase dez anos depois, comprovando a filosofia “devagar e sempre” dos seus desenvolvedores, foi lançado o Wine 2.0.
Se você não tem ideia do que eu estou falando, o Wine é um software utilizado para rodar aplicações do Windows em sistemas UNIX, como o Mac ou o Linux. Ele não é um emulador — coisa que, aliás, seu acrônimo recursivo deixa absolutamente claro: Wine Is Not an Emulator (em português o acrônimo não funciona, mas quer dizer “Wine não é um emulador”); em vez disso, ele permite que aplicativos sejam rodados nativamente através da aplicação de APIs1Application programming interfaces, ou interfaces de programação de aplicações. do sistema operacional da Microsoft. O CrossOver, por exemplo, é uma implementação comercial e simplificada do Wine — que em sua forma pura pode ser muito complexo para o uso de usuários básicos ou mesmo intermediários.
O Wine 2.0 apresenta, de acordo com os seus desenvolvedores, 6.600 mudanças em relação à versão anterior. A mais notável delas é o suporte a apps de 64 bits para Windows no Mac, coisa que não era possível anteriormente. Também é novo um modo de renderização para telas Retina, o que não mais fará com que os aplicativos fiquem com uma aparência horrorosa no seu belo iMac ou MacBook [Pro]. Uma série de novos softwares ganharam suporte nesta nova versão, como a suíte Office 2013, enquanto no campo de hardware foi adicionado suporte a várias novas placas gráficas.
Os binários executáveis e o código-fonte do Wine 2.0 já podem ser baixados no site oficial do projeto.
[via AppleInsider]
Notas de rodapé
- 1Application programming interfaces, ou interfaces de programação de aplicações.