Em março passado, a Berkshire Hathaway — empresa do magnata Warren Buffett — informou que havia vendido 9,81 milhões de ações da Apple por quase US$1,1 bilhão. Essa decisão, claro, foi recebida com bastante surpresa pelo mercado financeiro — apesar de a companhia ser a segunda maior acionista da Maçã.
Ontem, o preço das ações da Apple fecharam em valor recorde (US$144,57), fazendo com que as apostas de Buffett saltassem para US$128 bilhões. Contudo, ainda que o empresário tenha triplicado o que investiu na Apple nos últimos três anos, uma reportagem do Business Insider revelou que ele teria quadruplicado esse valor se não tivesse diminuído a participação.
Segundo a publicação, o conglomerado Berkshire Hathaway gastou mais de US$36 bilhões entre 2016 e 2018 para acumular o equivalente a 1 bilhão de ações da Apple, que valeriam US$146 bilhões hoje — um “custo”, portanto, de US$18 bilhões.
Durante a reunião anual de sua empresa, em maio passado, o magnata reconheceu que “provavelmente foi um erro” reduzir sua posição. Ele também revelou que o vice-presidente da Berkshire e seu sócio, Charlie Munger, o aconselhou a não vender as ações.
Mesmo assim, a Apple continua sendo um dos melhores investimentos de todos os tempos para eles. A Berkshire arrecadou uma média de US$775 milhões em dividendos anuais nos últimos três anos, e sua empresa embolsou US$11 bilhões com as vendas de ações em 2020 — revelou Buffett em sua carta a acionistas.
Apesar de reduzir a participação, a Maçã ainda representa mais de 40% de carteira de ações da Berkshire Hathaway nos Estados Unidos — considerada a segunda maior acionista da Apple, depois da Vanguard, uma gigante consultora de investimentos.