Com tantos rumores sobre um iPhone 5 com traseira metálica, tela maior e massageador de costas, é natural que muita gente fique decepcionada com um smartphone que é “apenas” muito mais veloz, tem uma câmera bem melhor e um sistema de inteligência artificial que entende o que você fala. Fazer o quê? É a natureza humana. Os analistas de mercado, porém, parecem estar otimistas com o lançamento de ontem.
Gene Munster acredita que o gadget vai alcançar ou ultrapassar as expectativas de vendas, destacando principalmente a disponibilidade na Verizon e na Sprint, nos Estados Unidos, e na KDDI, no Japão. E sim, haverá filas, na opinião do analista da Piper Jaffray. Ben Reitzes, da Barclays, comentou que a disponibilidade do aparelho será uma das mais rápidas da história da Apple e que o pânico dos investidores após o evento foi injustificado.
Katy Huberty, da Morgan Stanley, se ofereceu para comprar as ações da Maçã que estiverem sendo vendidas e acrescentou que muitas pessoas esquecem que software é o que diferencia os iProducts — mesmo sem um novo design, o iPhone 4S tem o Siri e o iCloud para mantê-lo à parte no mercado. Richard Gardner, do Citigroup, é de posição similar.
Chris Whitmore, do Deutsche Bank, foi um que ficou decepcionado com o lançamento, pois o tempo que a Apple levou para apresentar o novo iPhone foi longo demais para as mudanças internas apresentadas. Apesar disso, o analista elogiou o Siri, chamando-o de “uma tecnologia revolucionária”. Shaw Wu, da Sterne Agee, por sua vez, acredita que a beleza verdadeira do iPhone 4S está no interior e que isso faz dele uma versão melhorada do smartphone de maior sucesso no mundo.
Mark Moskowitz, da J.P. Morgan, crê que a humilde assistente pessoal apresentada ontem é apenas o começo das atividades da Apple com inteligência artificial e que não é preciso muita imaginação para ver o tanto de possibilidades que isso abre. Charlie Wolf, da Needham, disse que “é preciso ouvir para crer” e destacou que é importante levar em conta que o Siri é um produto 1.0 (mentira: ele é um 0.x, pois a Apple disse, no melhor estilo Google, que ainda é um beta) que ainda pode melhorar muito. “O Siri nos leva a um admirável mundo novo”, disse o analista, sem se tocar de que isso. Não. É. Uma coisa boa. (Duvida? Leia o livro!)
Ficou, porém, uma pergunta: por que a Apple não chamou o iPhone 4S de 5? Afinal de contas, o 3GS também serviu como “enchimento” para poder fazer a geração do gadget corresponder ao nome. Por que bagunçar a contagem agora? Analistas do mercado de telecomunicações apostam que a gigante de Cupertino “guardou” o próximo número inteiro para quando o smartphone for compatível com redes 4G/LTE.
Por ora, o hardware necessário para adicionar esse recurso inevitavelmente faria o iPhone ficar mais grosso ou perder espaço para a bateria. No ano que vem, contudo, a coisa muda de figura e os chips LTE mais modernos permitirão colocar PODERES CÓSMICOS FENOMENAIS dentro de uma coisa fininha. Isso sem falar que a cobertura estará bem melhor, daqui pra lá.
Enfim, quando a Apple lançar o iPhone 5/4G/Air/Pro/whatever, vai ser só alegria.
[via Fortune Tech, CNET News]