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“1984”: Ridley Scott revela detalhes inéditos do comercial do Macintosh

Kathy Hutchins / Shutterstock.com
Diretor de cinema Ridley Scott

A história da publicidade está repleta de comerciais marcantes, mas poucos deles são tão icônicos quanto o do primeiro Macintosh, divulgado pela Apple durante a final do Super Bowl XVIII, em 1984 — e um dos grandes responsáveis por esse marco foi Ridley Scott, o famoso cineasta responsável por dirigir o filme em questão.

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Até hoje, o comercial do Macintosh é assunto frequente em entrevistas dadas pelo profissional, como a que ele concedeu recentemente ao The Hollywood Reporter. Na conversa, Scott forneceu alguns detalhes até então desconhecidos sobre essa já tão contada história envolvendo a peça publicitária.

O cineasta contou que, assim que a agência Chiat/Day o contatou sobre a oportunidade de dirigir o comercial, ele pensou que o projeto se tratava de algo relacionado aos Beatles — já que Apple, para quem não sabe, é também o nome de uma corporação multimídia fundada pela influente banda britânica, a qual (naquela época) era certamente mais conhecida que a empresa de tecnologia.

Eles disseram: “Não, não, não. Apple é uma empresa de um cara chamado Steve Jobs.” Eu perguntei: “Quem é Steve Jobs?” Eles responderam: “Provavelmente vai ser alguma coisa.”

Scott ainda relembrou o quanto ficou maravilhado ao ler o roteiro do que seria futuramente um dos comerciais mais influentes da história.

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Meu Deus. Eles não estão dizendo o que [o Macintosh] é, não estão mostrando o que é. Eles nem estão dizendo o que ele faz. Era publicidade como uma forma de arte. Foi devastadoramente eficaz.

O comercial do Macintosh, vale recordar, apresentava um clipe completamente inspirado na famosa distopia de George Orwell (“1984”), não mostrando em nenhum momento o novo produto a ser anunciado. No final, o vídeo anunciava o lançamento do computador com a famosa frase: “Você verá porque 1984 não será como ‘1984’.”

YouTube video

Ainda na entrevista, Scott fez uso do maior produto da Apple — o iPhone — para criticar o modelo de propagandas atuais. Incomodado com a publicidade intrusiva entre parágrafos de matérias publicadas na web, ele comentou:

A publicidade está mudando drasticamente. E o problema é que ela foi para isso [as propagandas na internet]. Os comerciais agora estão segmentados, de forma que você está tentando encontrar um artigo e há 19 pequenos trechos dele. É eficaz? Duvido muito disso.

Vale lembrar que, mesmo após décadas do icônico comercial, o diretor mantém uma relação profissional com a Apple. Sua produtora, a Scott Free, assinou um contrato com o Apple TV+, sendo ele próprio o responsável pela direção de um filme sobre Napoleão para a plataforma de streaming.

via Philip Elmer-DeWitt

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