No dia 17 de janeiro passado, Steve Jobs anunciou que estava entrando em uma nova licença médica da Apple — a terceira nos últimos anos, depois de uma de dois meses e meio, em 2004, e outra de seis meses, em 2009.
A atual, porém, já se tornou a mais longa de todas: são agora 198 dias — isto é, mais de seis meses e meio.
Mas estaria Jobs mesmo de licença? Bom, ele está, mas numa “licença estilo Apple”. Que outra empresa permitiria ao seu CEO tirar uma licença e ainda assim apresentar duas keynotes significativas [iPad 2, WWDC 2011], responder emails de usuários, negociar a instalação de um novo campus e até participar de um jantar com políticos?
Lembremos o que o próprio Jobs disse em sua carta, em janeiro:
Continuarei sendo CEO e estarei envolvido em grandes
decisões estratégicas da companhia.
Acho que isso está mesmo sendo seguido à risca. Tim Cook desde então assumiu o posto de líder operacional do dia-a-dia, mas Jobs continua plenamente envolvido nas principais decisões da companhia, está em constante contato com todos os executivos de alto escalão dela e até faz visitas frequentes a Infinite Loop.
“Eu acho que o processo que ele está atravessando é recuperativo”, afirmou Tim Bajarin, analista da Creative Strategies. “Isso significa que ele provavelmente precisa de mais tempo em casa, ficando menos ativo fisicamente. Mas eu não acho que isso reduziu seu papel, de forma alguma.”
Embora tenha tido altos e baixos, as ações da Apple [NASDAQ:AAPL] subiram mais de 12% desde janeiro, o que significa que acionistas e investidores confiam na forma como ela está sendo gerenciada atualmente.
Não me surpreenderia nada se víssemos Jobs de novo apresentando o novo iPhone, provavelmente em setembro. E que ele retorne com gás total assim que possível! 😉
[via San Jose Mercury News]