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Em entrevista ao vivo, Craig Federighi e Phil Schiller falam sobre lançamentos da WWDC’17

Phil Schiller e Craig Federighi no "Talk Show" com John Gruber

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Pelo segundo ano consecutivo, a Apple enviou dois dos seus principais executivos para o “Talk Show Live” com John Gruber, editor do blog Daring Fireball. Durante aproximadamente uma hora, Phil Schiller (vice-presidente sênior de marketing mundial) e Craig Federighi (vice-presidente sênior de engenharia de software) responderam algumas perguntas de Gruber, cobrindo bastidores e a visão geral deles sobre os principais lançamentos desta semana.

Tivemos a oportunidade de participar ao vivo do evento, realizado no belíssimo California Theatre de San Jose, a uma quadra do centro de convenções onde a Apple sediou a Worldwide Developers Conference (WWDC) 2017. Para os que não tiveram esta oportunidade, a produção do evento publicou a gravação completa, da qual levantamos os principais destaques a seguir.

Safari e privacidade

O browser web da Apple ganhará uma grande atualização no macOS High Sierra, tornando-se, nas palavras de Federighi, “o navegador web mais rápido do mundo no desktop”. Para ele, é importante valorizar o trabalho das equipes da empresa em torno disso, enquanto no ponto de vista funcional, novos recursos como bloqueio automático de vídeos e prevenção a rastreamento integradas ao produto ajudarão os usuários a conviver de maneira mais conveniente e particular com conteúdo na internet.

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Falando especificamente de bloqueio de rastreamento, Federighi explicou em maior detalhe como esta funcionalidade foi explorada ao longo dos anos pela Apple, conforme empresas de publicidade (estou olhando para você, Google!) criaram métodos para burlá-las.

Fotos e sincronização de rostos

Dentre as funções abordadas rapidamente na keynote de segunda-feira para o High Sierra, a sincronização de rostos no aplicativo Fotos foi uma das mais aplaudidas — para mim, particularmente, vai para coluna “Finalmente!”. E os executivos da Apple admitiram que um dos motivos para isso não ter sido entregue junto das mudanças do ano passado foi o tempo necessário para aprimorá-la.

Basicamente, era necessário fazer com que ela funcionasse de forma a não exigir uma enorme transferência de dados durante o processo. Isso permitiu que a empresa a otimizasse para funcionar de forma criptografada e anônima, da mesma forma que o aprendizado de máquina local já existente para o reconhecimento de objetos e ambientes.

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Além disso, Federighi destacou o trabalho feito pela equipe do Fotos (e dos demais apps) com desempenho. Nas avaliações do produto, os engenheiros eram desafiados a demonstrar resultados nos Macs de menor capacidade que podiam levar, com bibliotecas de mais de 100 mil fotos. Resultados muito positivos são esperados dos refinamentos aplicados no sistema em outros apps, incluindo Finder, Mail (🙏) e outros.

Apple File System

É extremamente insano para os entendedores de tecnologia a forma como a Apple conseguiu tornar a migração para o APFS possível, atualizando o sistema de arquivos de centenas de milhões de dispositivos iOS da noite para o dia de forma invisível, em uma atualização de sistema comum.

Porém, um dos maiores momentos de euforia e aplausos da entrevista foi a explicação dada por Federighi sobre o processo de testes dessa mudança. Segundo ele, parte deles foi realizada no público geral. Isto significa que, durante atualizações de manutenção anteriores ao lançamento final, pequenas amostras de usuários ao redor do mundo foram selecionadas para testes. Durante os testes, o sistema de arquivos era convertido, tinha seu resultado enviado para análises da Apple, e depois o aparelho do usuário voltava ao estado anterior!

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Então, se em algum momento do ano passado um update do iOS durou horas no seu iPhone ou iPad, talvez você tenha sido sorteado. 😜

iMac Pro e VR

Nós o vimos como um “tapa-buraco”, mas na visão de Schiller, o iMac Pro não é apenas isso. Muitos esperam pelo novo Mac Pro que será lançado em 2018, mas ao mesmo tempo, a Apple decidiu corresponder ao desejo de clientes que sempre desejaram obter maior poder computacional dentro de um iMac, que passou a cativar usuários dos setores de criação e ciências avançadas como um produto profissional.

Schiller diz que a resposta inicial ao projeto do novo all-in-one foi positiva, e dele esperado um sucesso considerável — ele não tinha números a respeito, porém. Federighi aproveitou para destacar o trabalho da empresa em oferecer ferramentas de criação de conteúdo para VR, no qual ele espera que parte deles virá proveniente de MacBooks Pro, uma vez que os usuários possam trabalhar com GPUs externas que serão lançadas a partir do ano que vem.

Um resumo de como isso foi concebido encontra-se na entrevista e, sob o ponto de vista de técnico, foi muito legal de se ouvir.

iPad Pro (e ProMotion)

Federighi citou que o trabalho na tecnologia por trás da tela de 120Hz criada para os novos iPads Pro surgiu no Mac, onde os primeiros protótipos desta tecnologia eram movidos a Macs Pro. A partir disso, o trabalho foi levado para as demais equipes de hardware, software e acessórios.

iOS 11 e Siri

Há muitos detalhes sobre a tecnologia que habilita drag & drop entre aplicativos nos iPads, que não compromete a segurança dos dados entre os aplicativos, segundo Federighi. Uma das técnicas necessárias para torná-la possível era migrar os aparelhos para APFS, pois graças a técnicas de clonagem e snapshots, o sistema executa cópias entre os diretórios seguros de cada aplicativo sem impacto direto em disco (até que sejam feitas mudanças no app de destino, claro).

Os executivos deram destaque aos avanços da Siri, em particular como o reconhecimento de voz da Apple evoluiu para torná-la segura (de forma a falarem “Hey, Siri” numa audiência de milhares de pessoas sem seus iPhones invocarem a assistente) e capaz de reconhecer o aparelho de origem, quando o usuário possui mais de um dispositivo.

HomePod

Gruber foi imediato em comparar o novo speaker da Apple com o iPod Hi-Fi, lembrando da antiga estratégia da empresa em oferecer uma aparelho do gênero para iPods no passado. Schiller comentou que o cenário é bem diferente nos dias atuais: segundo ele, a equipe de engenharia de áudio da empresa evoluiu muito nos últimos anos e ele espera que o sucesso do produto virá da sua qualidade de áudio superior à dos concorrentes, bem como da presença da Siri no dispositivo.

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O vídeo inteiro passa de 1h30, mas vale muito a pena.

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