Já se vão mais de dois anos desde a última vez em que a Apple desembarcou em território totalmente desconhecido, com a chegada do Apple Watch aos pulsos de consumidores ao redor do mundo. Agora, a Maçã faz seus preparativos finais para realizar um novo movimento neste sentido com o HomePod, que marcará a sua estreia no mercado de alto-falantes sem fio.
Por outro lado, assim como a Apple não inventou os relógios inteligentes, ela também não criou as famigeradas caixinhas de som conectadas — este é um mercado já relativamente consolidado e que já tem as suas principais jogadoras, idiossincrasias e dinâmicas próprias. A Maçã tem que conhecer tudo isso a fundo antes de entrar nele caso queira ter alguma chance de conquistá-lo.
Dito isso, este estudo recém-publicado da Strategy Analytics é uma boa forma de analisar como vai o mercado dos alto-falantes sem fio. De acordo com a firma de análise econômica, o segmento cresceu 62% ao longo de 2016, com 14 milhões de unidades vendidas no mundo. E a grande responsável pelo salto foi, adivinhem, a Amazon — de acordo com o relatório, os alto-falantes Echo representaram 77% do aumento da demanda.
Com isso, a gigante do varejo saltou para a liderança do mercado, interrompendo um longo reinado da Sonos — que, ainda em 2014, detinha mais da metade do segmento de alto-falantes conectados. Em 2016, foram aproximadamente 5 milhões de dispositivos Amazon Echo despachados contra cerca de 4 milhões de aparelhos da Sonos. É bom notar que o levantamento leva em conta, indistintamente, tanto dispositivos inteligentes, como o Echo ou o Google Home, e alto-falantes sem fio tradicionais, como as soluções da Sonos, da Bose ou da Harman Kardon.
Acerca do HomePod, a Strategy Analytics afirma que o vindouro dispositivo da Maçã competirá mais diretamente com os aparelhos da Sonos do que com as soluções da Amazon e do Google — apesar de o produto da Apple ter a integração com a Siri e com o ecossistema do iCloud como parte importante da sua fundação, o objetivo número um do HomePod ainda é entregar máxima qualidade sonora e uma boa experiência auditiva, posicionando-o numa categoria mais próxima às dos alto-falantes dedicados a música.
Vamos voltar a este assunto daqui a um ano para ver como as coisas estarão por lá.
via 9to5Mac