Quando os vestíveis (wearables) começaram a aparecer, muitos duvidaram se eles emplacariam ou não. A entrada da Apple nesse mercado foi crucial para que as atenções se voltassem para ele e, conforme o tempo passou, o consumo desse tipo de dispositivo foi aumentando.
Em seu último relatório trimestral, a Maçã anunciou que as vendas do Apple Watch dobraram do ano passado para este ano, provavelmente por conta da atualização do gadget, que recebeu algumas melhorias com a vinda das Series 1 e 2. Como não podia ser diferente, todo o mercado de vestíveis surfou na onda do relógio da Maçã, mostrando ótimos números tanto no presente quanto para o futuro.
A International Data Corporation (IDC) divulgou dados do mercado de wearables de 100 países entre 2016 e 2017. No ano passado, os vestíveis vendidos alcançaram a marca de 104,3 milhões de unidades; já neste ano, espera-se que as vendas alcancem os 125,5 milhões, dando um salto de 20,4% em um ano. A firma também mostra que, conforme o mercado progride, já prevê-se que, em 2021, o número chegará a 240,1 milhões de unidades.
Ramon Llamas — gerente de pesquisa da equipe de wearables da IDC — afirmou que, quando este mercado iniciou, o principal objetivo seria gerar interesse do público; agora que ele já se consolidou, o mercado está “entrando em uma nova fase”, a qual segue o rumo de aprimoramento de software e hardware. E é isso o que conseguimos ver, claramente, com a última geração do Apple Watch.
Vale lembrar que estes números são referentes a todos os vestíveis avaliados pela firma: relógios inteligentes, pulseiras inteligentes, roupas “conectadas”, fones de ouvido inteligentes e “outros”. Os AirPods não foram citados, porém como foram lançados não tem muito tempo, é difícil que já possam contribuir significativamente para o mercado — talvez daqui a um ano nós possamos ver uma mudança, caso ela aconteça.
Observando o gráfico que representa 2017, podemos ver que as pulseiras inteligentes continuam com uma maior parcela do mercado (37,9%); logo em seguida, com 32,5%, encontram-se os “relógios básicos”, que seriam aqueles que não possuem suporte a aplicativo de terceiros como, por exemplo, os da Fitbit e os da Garmin. Já em último — mas num ritmo crescente — vemos os relógios inteligentes, com 24,5%.
Muito desse crescimento tem como áreas cruciais o Oriente Médio e a África, que estão consumindo bastante wereables, sendo a Samsung a maior no mercado por lá (13,4%), com a Apple aparecendo logo em seguida (12,7%). A Fitbit também tem uma boa parcela (10,9%), seguida pelo i-Life (7%), Xiaomi (6,3%) e outros.
Se os números previstos pela firma estiverem certos, veremos nos próximos anos uma grande tomada deste mercado pelos smartwatches e, certamente, o relógio da Maçã continuará contribuindo com isso.
via AppleInsider