Voltemos uns seis, sete anos no tempo e chegaremos a uma fácil conclusão de que o Brasil está muito mais bem servido hoje — em termos de serviços da Apple, isto é — do que naquela época. Já temos duas lojas oficiais da empresa (insuficientes, sim, mas ao menos elas existem), nossas lojas nacionais de aplicativos e mídia já são basicamente completas, a Siri já funciona em português e, bom, não temos muito do que reclamar.
Um ponto, entretanto, continua sendo alvo de inúmeros pedidos por parte dos usuários: o Apple Pay, sistema de pagamentos da Maçã que já está presente em 15 países e em franca expansão. Embora não haja nenhum sinal da chegada do sistema por aqui num futuro próximo, uma informação recente pode nos dar uma pitada de esperança acerca do assunto.
Digo isso porque, hoje mesmo, um leitor alemão do MacRumors descobriu um detalhe nas mais recentes betas locais do iOS 11 e do watchOS 4 — que aparentemente não aparecia antes: ao fazer a configuração de um novo Apple Watch, surgiu uma tela do Apple Pay totalmente localizada para a Alemanha — inclusive com a opção de adicionar cartões nacionais, coisa que nunca tinha aparecido anteriormente. E nada indica que o tal leitor tenha mudado a região do iPhone dele para alguma que já conta com o serviço de pagamento móvel — ao menos nada disso foi informado.
A tela, claro, não era funcional — o usuário não conseguiu cadastrar seus cartões —, mas é uma pista de que o sistema de pagamentos deve estar apenas aguardando o lançamento final do iOS 11 para chegar ao país do chucrute.
Mas o que o fato do Apple Pay estar chegando à Alemanha teria a ver com o Brasil, exatamente? Simples: basta lembrarmos deste artigo da semana passada e notarmos que, oficialmente, os planos de expansão do sistema de pagamentos da Maçã até o fim de 2017 incluem apenas a Dinamarca, os Emirados Árabes Unidos, a Finlândia e a Suécia. Veem a Alemanha aí no meio? Porque eu também não.
Portanto, talvez não seja o caso de dizer que o Brasil está 100% fora dos planos de expansão do Apple Pay para este ano — considerando que a Alemanha também não estava e provavelmente furou a fila para receber o sistema no futuro próximo. Claro, não há nenhuma outra evidência mais contundente da sua chegada por aqui, mas, como sempre dizemos: a esperança é a última que morre, não é mesmo?