A Apple “comprou” uma briga com algumas das maiores redes sociais do mundo, bem como com grandes anunciantes, quando lançou a Transparência no Rastreamento em Apps (App Tracking Transparency, ou ATT).
Por mais que o recurso tenha chegado já há algum tempo, a indústria de publicidade está pronta para enfrentar a Apple com ainda mais força este ano — principalmente o Interactive Advertising Bureau (IAB), organização que desenvolve padrões a serem usados em todo o setor para controlar e regular a publicidade online, cujos membros incluem Google e Meta.
Embora não haja escassez de extremistas atacando nossa indústria de fora, há alguns atacando de dentro para fora. Mais notavelmente, a Apple exemplifica o cinismo e a hipocrisia que sustentam a visão extremista predominante.
—David Cohen, CEO do IAB
Cohen disse que a Apple está usando “padrões duplos”: para seus anúncios, a companhia pode gentilmente persuadir os consumidores a aceitar a “personalização” nos iPhones, mas os serviços de terceiros são forçados a usar uma linguagem mais rígida ao precisar “pedir permissão para rastrear”.
Segundo Cohen, a Apple desistiu de trabalhar com o IAB e outras partes interessadas antes de lançar as suas políticas antirrastreamento, em 2021.
A Apple basicamente disse: “Obrigado pelo feedback”, e eles fizeram o que fizeram e não voltaram à mesa da indústria novamente. Então, queremos chamar a atenção para a hipocrisia que é [a política] e queremos convidá-los a voltar à mesa.
A Apple exige que aplicativos de terceiros peçam permissão aos usuários antes de rastreá-los, mas os aplicativos nativos da empresa não — pois eles simplesmente não rastreiam os usuários, de acordo com o vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, Craig Federighi, em uma entrevista ao Wall Street Journal.
A Apple está atualmente enfrentando uma tríade de ações coletivas as quais a acusam de coletar a atividade dos usuários sem consentimento — apesar das garantias de privacidade. Assim, os processos alegam que a Apple fornece garantias “totalmente falsas” de que os usuários de iPhones estão no controle dos seus dados.
via MacRumors