Na indústria fonográfica, há muitos elementos que contribuem com o sucesso dos artistas. Seja qual for a maneira que um cantor ou uma banda chegam ao topo, algo que todo artista que trabalha com música sempre almeja é estar entre as famosas paradas da Billboard — que, além de servir como espelho para seu sucesso, o projeta ainda mais ao mundo.
Com novas tecnologias, surgem novas maneiras de fazer sucesso. Assim aconteceu com os serviços de streaming musical, que mudaram a maneira de fazer, consumir e compartilhar músicas.
O ranking Billboard 200, que analisa álbuns, começou a contar também as reproduções feitas em serviços de streaming somente em 2014, com os serviços já existentes na época. Com a chegada do Apple Music, em 2015, ele foi incluído nessa lista, além de aparecer também na Billboard Hot 100.
Entretanto, as reproduções se dividiam em “on-demand” (que inclui Amazon Music, Apple Music, Spotify e YouTube) e “programmed” (Pandora e Slacker Radio). Agora, foi anunciado que haverá uma ênfase a mais para reproduções feitas em serviços pagos. A revista explicou a mudança:
A partir de 2018, as reproduções que ocorrem em serviços baseados em assinaturas pagas (como Amazon Music e Apple Music) ou em opções de assinaturas pagas de plataformas híbridas pagas/suportadas por anúncios (como SoundCloud e Spotify) receberão mais peso nos cálculos de gráficos do que as reproduzidas em serviços puramente suportados por anúncios (como o YouTube) ou nas opções não-pagas de serviços híbridos pagos/suportados por anúncios.
A mudança para uma abordagem de streaming multi-nível na metodologia das listas da Billboard é um reflexo de como as músicas estão sendo consumidas nos serviços de streaming, saindo de uma experiência focada somente em on-demand e chegando a uma seleção mais diversificada de preferências de áudio (incluindo playlists e rádio) e as várias opções as quais um consumidor pode acessar músicas com base no tipo de assinatura.
A Billboard ainda afirmou acreditar que, ao atribuir valores aos níveis de engajamento e acesso ao consumidor — juntamente à compensação derivada dessas opções —, reflete melhor a variada atividade de usuários que ocorre nesses serviços.
Tudo isso mostra que o modo de reprodução por streaming veio para ficar e está, cada vez mais, influenciando a indústria fonográfica.